«No meu bairro, via pistolas e lutas com tacos de basebol, facas...» - TVI

«No meu bairro, via pistolas e lutas com tacos de basebol, facas...»

Manchester United-Wolverhampton

Adama Traoré recorda uma infância marcada por violência no local onde cresceu

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Apesar de ter raízes no Mali, Adama Traoré, jogador do Wolverhampton de Nuno Espírito Santo, cresceu numa cidade nos arredores de Barcelona.

E apesar de os pais terem emigrado para poderem dar melhores condições de vida a ele e ao irmão, a verdade é que foi o foco no futebol que os livrou de se perderem pelo caminho.

Isso mesmo confessou o jogador, em entrevista ao Sport.

«Os meus pais puseram-nos no futebol porque queriam que trabalhássemos a disciplina num desporto de que gostássemos e no qual nos concentrássemos. Na zona onde cresci havia muitas lutas, gangues e problemas», começa por dizer.

«Eu, o meu irmão e um amigo dominicano fomos todos tentados a entrar num gangue. Nessa altura, pertencer a um gangue era algo muito popular, mas eu e o meu irmão tínhamos outra forma de pensar e queríamos ser futebolistas. Não queríamos pertencer a um gangue e andar em lutas quase diariamente», recorda.

Apesar dos esforços por se afastar dessas situações, Traoré reconhece que acabou por presenciar muitos problemas no bairro onde cresceu.

«Entre os gangues havia muita rivalidade e andavam à pancada constantemente. Vi pistolas e também lutas com tacos de basebol, facas, garrafas, havia de tudo», explica, falando de L'Hospitalet de Llobregat, que atualmente está muito mais tranquila.

O extremo de 24 anos confessa ainda que também chegou a participar em algumas lutas, mas que ao contrário de outros jovens que conhecia, não se deixou levar, mantendo o foco no futebol.

«Eu também andei à porrada, claro. Mas vi muitos jovens que tinham uma qualidade incrível para o futebol a deixarem-se levar pela entrada em gangues e a por causa da droga e das companhias», lamenta.

 

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