Os jogadores do Textil Mandiyú de Corrientes, do Torneio Federal A (terceiro escalão do futebol argentino), viram-se envolvidos numa situação verdadeiramente insólita por estes dias. Aparentemente, terão sofrido assaltados pelos barrabravas do clube, sendo que um deles seria… o presidente do próprio clube!
«Estávamos nos nossos apartamentos quando o presidente e os barrabravas começaram a pontapear tudo o que lhes aparecia pela frente e nos roubaram os pagamentos do mês de Novembro», denunciou Nicolás González, à rádio local Sudamericana. Outros companheiros de equipa acusaram o presidente de lhes «retirar pagamentos e até outros cheques», entre denúncias de que, «antes do último jogo, já haviam estado no balneário» para os atacar.
Entretanto, o presidente do clube deu a sua versão do sucedido: admitiu que apareceu com um grupo de 14 ou 15 pessoas mas que eram dirigentes e não elementos da claque: «Eu não tenho barrabravas», terá dito. O capitão de equipa Patricio Gorgona ter-se-á referido à atitude do presidente como um «apertão», algo que este desmentiu: «Como pode ser um apertão se vais reclamar algo que te pertence? O Gorgona até me fez companhia aos apartamentos dos companheiros para reclamar o que deviam».
No meio desta situação invulgar, e com salários em atraso, falta de luz e até dificuldades de alimentação, a maioria dos jogadores decidiu rescindir o contrato com o Textil Mandiyú.