O caos está instalado no basquetebol grego.
O Panatinaikos não se apresentou a jogo nesta quarta-feira com o Kymis, em forma de protesto para com o veto do Olympiakos a três árbitros e como resposta a comportamentos «terroristas» e «anárquicos» que diz serem praticados pelo rival perante a passividade dos organismos estatais. Resultado: perdeu por 20-0 e o adversário, que estava em risco de descer de divisão, garantiu a permanência.
O basquetebol grego atravessa um momento de enorme turbulência e o Panathinaikos já avisou que não volta a entrar em campo até ser reposta uma normalidade que diz só ser possível com o afastamento dos irmãos Angelopoulos (proprietários da equipa de basquetebol do Olympiakos) e a destituição do ministro-adjunto dos desportos.
Recorde-se que, já nesta época, o Olympiakos retirou-se de um jogo das meias-finais da Taça Grega em protesto para com os árbitros (os três acima referidos), tendo comunicado depois que não participaria em partidas para as quais fossem nomeados estes juízes.
Nesta quarta-feira, Panagiotis Anastopoulos - um dos três árbitros - ia dirigir o Olympiakos-Promitheas, mas pediu dispensa, isto já depois de ter pedido proteção policial. Com isso, o clube do Pireu apresentou-se em campo.
O Olympiakos corria o risco de ser automaticamente despromovido à segunda divisão se voltasse a boicotar um jogo e está a planear abandonar a Liga grega: tem nas cogitações uma integração (que ainda tem de ser aprovada) na Liga Adriática, campeonato composto por 12 clubes da Bósnia e Herzegovina, Sérvia, Croácia, Montenegro, Macedónia e Eslovénia.