O Instituto Nacional Angolano de Bolsas de Estudos (INAB) aguarda a decisão das autoridades portuguesas sobre a Universidade Independente para adoptar medidas em relação aos 10 bolseiros que estudam naquele estabelecimento de ensino superior português.
Mateus Ferreira de Almeida, director-geral adjunto do INAB, disse hoje à agência Lusa que o organismo tem «esquemas montados» para fazer face à situação, mas aguarda que as autoridades portuguesas decidam se a Universidade Independente vai ou não fechar.
«Resolvemos adoptar uma solução de prudência, temos esquemas montados, mas estamos à espera da decisão das autoridades portuguesas para tomar atitudes em relação à vintena de bolseiros que frequentam a Universidade Independente», afirmou o responsável angolano.
Termina hoje o prazo dado pelo governo português aos organismos que gerem o estabelecimento de ensino superior para apresentarem provas financeiras e académicas de que podem manter a universidade aberta, estando prevista uma decisão do Ministro da Ciência e Tecnologia para segunda-feira.
Caso Mariano Gago opte pela solução mais drástica, 20 bolseiros angolanos, alguns deles finalistas, serão afectados pela medida.
«Estamos a torcer para que isso não aconteça», referiu Mateus Ferreira de Almeida, que, no entanto, sempre adiantou que os bolseiros vão continuar a receber as suas mensalidades e a usufruir das regalias inerentes ao seu estatuto, uma vez que «não é deles a culpa de toda a situação».
«As medidas que temos em vista passam pela mudança dos alunos para outras universidades, e só em condições extremas é que a bolsa será suspensa», acrescentou o director-geral adjunto do INAB, organismo dependente do Ministério da Educação angolano.
Carlos Burity da Silva, irmão do ministro da Educação, António Burity da Silva, e reitor da Universidade Independente de Angola (UNIA), que chegou a ser detentora da maioria da participação na sua homónima portuguesa, explicou à Lusa que, actualmente, «não existe qualquer ligação entre uma e outra».
Em declarações à agência Lusa, Burity da Silva explicou que a UNIA «é autónoma, a crise que se vive lá é interna, não afecta nem afectará» a universidade angolana.
«Não temos qualquer interferência no assunto, por ser um problema de lá», da Universidade Independente portuguesa, acrescentou o reitor da UNIA.
UnI: alunos angolanos em suspenso
- Portugal Diário
- 5 abr 2007, 18:28
Instituto de Bolsas de Estudo aguarda decisão do Governo português
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