O antigo polícia sul-africano, Eugene Kock, responsável por um «esquadrão da morte» durante o Apartheid, saiu esta sexta-feira em liberdade condicional após 20 anos detido.
Com a alcunha «Prime Evil» (numa tradução livre, «Mal Maior»), Kock foi considerado responsável por muitos homicídios e por ser ativista e defensor da minoria branca durante as décadas de 80 e 90 do século passado, como recorda a BBC.
Eugene de Kock confessou mais de 100 crimes, como homicídio, tortura e fraude. Kock assumiu a responsabilidade pelos atos da unidade que comandava. Assumiu também a morte de vários membros do ANC em vários países vizinhos.
A sua liberdade condicional foi autorizada pelo ministro da Justiça sul-africano, «no interesse de reconstruir uma nova nação sul-africana» e também porque o antigo polícia mostrou remorsos pelos seus atos e coloborou na recuperação dos corpos de algumas vítimas. Aliás, durante o tempo que esteve na prisão, Kock entrou em contacto com alguma das vítimas ou os seus familiares e pediu «perdão», segundo a BBC.
Em 1996, Kock foi condenado a prisão perpétua. As primeiras eleições democráticas na África do Sul tiveram lugar em 1994.
O local e a data para a libertação estão em segredo, acrescenta a Reuters.
Sorte diferente teve Clive Derby-Lewis, também condenado em 1993 por mortes relacionadas com o Apartheid, viu o seu recurso para obtenção da liberdade condicional alegando razões médicas, negado, noticia a Reuters.
Eugene Kock, o «Prime Evil» do apartheid foi libertado
- Redação
- CF - atualizada às 10:30
- 30 jan 2015, 09:15
Estava preso há 20 anos e condenado a prisão perpétua
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