Português morre na Venezuela na sequência de um assalto - TVI

Português morre na Venezuela na sequência de um assalto

  • (Atualizada às 22:40) ALM com Lusa
  • 4 mai 2019, 18:29

Segundo o secretário de Estado, o português, que ainda foi transportado para o hospital, levou um tiro depois de uma tentativa de assalto, em que existiu alguma resistência

Um português morreu na sexta-feira à noite na Venezuela na sequência de uma tentativa de assalto, disse hoje à agência Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

José Luis Carneiro adiantou que o português era empresário na região de Los Teques, a sul de Caracas, zona onde reside uma forte comunidade portuguesa.

Segundo o secretário de Estado, o português, que ainda foi transportado para o hospital, levou um tiro depois de uma tentativa de assalto, em que existiu alguma resistência.

José Luís Carneiro esclareceu ainda que a morte do português nada teve a ver com a situação política atual na Venezuela e que o assalto foi feito por um grupo que tem realizado vários assaltos nos últimos tempos.

Entretanto, o  ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já lamentou  morte do empresário, esclarecendo que este caso não está relacionado com a situação política que se vive naquele país.

As indicações de que disponho apontam para uma questão de criminalidade comum. O nosso concidadão, que era proprietário de uma padaria em Los Teques, terá sido intercetado na rua por homens armados que o forçaram a regressar a casa onde o roubaram e acabaram por assassinar”, disse Augusto Santos Silva.

O governante, que falava aos jornalistas à margem da sessão de encerramento do V Congresso Literacia, Media e Cidadania, em Aveiro, esclareceu que não se tratou de “um evento relacionado com os factos políticos e as manifestações e repressões que estão a ocorrer”.

“Foi um sequestro, dos que infelizmente há muitos, seguido de roubo e, neste caso, também de assassinato”, afirmou.

Quanto à situação que se vive na Venezuela, o ministro defendeu que a única alternativa a uma intervenção militar externa ou uma confrontação civil é “um processo político que permite que o povo venezuelano recupere a sua capacidade de decidir, escolher, seja quem for”.

Augusto Santos Silva vai representar o governo português na reunião do Grupo de Contacto Internacional para a Venezuela, na Costa Rica, na segunda e terça-feira, onde será analisada uma proposta para a organização de eleições naquele país.

Do ponto de vista político, infelizmente os progressos têm sido muito poucos, mas nós examinaremos uma proposta concreta a propor às partes na Venezuela para organização de eleições que, do nosso ponto de vista, podem ser organizadas a breve prazo, de forma a que sejam credíveis e que sejam inclusivas”, explicou.

Além de Portugal, integram esse grupo outros sete países europeus - Espanha, Itália, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, França e Suécia -, além da União Europeia, e quatro países latino-americanos, Costa Rica, Equador, Uruguai e Bolívia.

Presidente da República lamenta morte 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do empresário português Alfredo Fernandes de Abreu.

Numa nota publicada no ‘site’ da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa solidariza-se com a família do empresário que residia na região de Los Teques, a sul de Caracas, zona onde vive uma significativa comunidade portuguesa.

À família e amigos, em particular, e a toda a comunidade portuguesa da localidade de Los Teques, onde residia, o Presidente da República expressa o seu apoio sentido", lê-se na nota.

 

Continue a ler esta notícia