Apenas 800 migrantes de Moria instalados no centro temporário em Lesbos - TVI

Apenas 800 migrantes de Moria instalados no centro temporário em Lesbos

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  • 15 set 2020, 09:58

O maior campo de migrantes da Europa, inaugurado há cinco anos no auge da crise migratória, foi totalmente destruído por incêndios, deixando os seus 12.000 ocupantes desabrigados

Cerca de 800 migrantes, entre os milhares que ficaram desabrigados após o incêndio no campo de Moria, foram instalados no centro temporário erguido de urgência pelas autoridades gregas na ilha de Lesbos, informou o Ministério das Migrações grego.

Entre estes, 21 tiveram teste positivo para o novo coronavírus, de acordo com os dados fornecidos pelo Ministério à agência de notícias AFP na noite de segunda-feira.

Entre a noite de 8 e o dia de 9 de setembro, o campo de migrantes de Moria, o maior da Europa, inaugurado há cinco anos no auge da crise migratória, foi totalmente destruído por incêndios, deixando os seus 12.000 ocupantes desabrigados.

A maioria dorme nas ruas, calçadas, campos ou em prédios abandonados. Os migrantes recusam-se a ir para o novo acampamento criado nas proximidades de Moria, temendo não poderem deixar a ilha uma vez lá dentro.

No entanto, cerca de 800 migrantes que estavam há meses ou anos em Moria estão agora alojados no acampamento provisório, fechado à imprensa, apesar do calor, da falta de chuveiros e colchões, segundo testemunhos recolhidos pela AFP.

Estes migrantes temem a animosidade dos habitantes locais, muitos dos quais se opõem à permanência de migrantes em Lesbos.

Incidentes entre requerentes de asilo e residentes, incluindo simpatizantes de extrema-direita, são frequentes na ilha desde o ano passado.

O governador regional do Egeu do Norte, Kostas Mountzouris, um dos maiores opositores do plano do Governo de construir um acampamento fechado na ilha para substituir Moria, convocou empresários e outros profissionais a reunirem-se no final do dia de hoje para exigir "a retirada dos migrantes da ilha a bordo de barcos".

O campo de Moria foi criado em 2015 para limitar o número de migrantes provenientes da vizinha Turquia para a Europa.

Mais de 12.000 pessoas viviam no campo, incluindo 4.000 crianças.

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