Os protestos que ocorreram na Venezuela na terça-feira fizeram pelo menos um morto e mais de 100 feridos, segundo um balanço divulgado pela organização não governamental venezuelana Provea.
A Provea identificou a vítima mortal como sendo um jovem de 24 anos, que morreu em protestos no estado de Aragua.
De acordo com a organização, já morreram 54 pessoas em manifestações na Venezuela este ano e 271 desde que Nicolás Maduro chegou ao poder.
Corregimos: Asesinato de Samuel Méndez (24), eleva a 54 el total de fallecidos en protestas 2019
53 personas murieron por impacto de bala
80% de las muertes son responsabilidad de policías, militares y paramilitares.
[271 muertos en protestas desde que Maduro llegó al poder]
— PROVEA (@_Provea) May 1, 2019
A organização também informou que os protestos desta terça-feira, convocados pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guiadó, fizeram 109 feridos, 60 só na capital, Caracas.
Al menos 109 heridos reporta el @OVCSocial en protestas este #30Abr. Provea constató al menos 60 solo en Caracas.
— PROVEA (@_Provea) May 1, 2019
Desde abril de 2002 y hasta el 30 de abril de 2019, al menos 8.150 personas han sido heridas en protestas.
[Más de 5.000 de ellas, durante la era Maduro]
O clima de tensão está em crescendo na Venezuela depois de Juan Guaidó ter desencadeado na madrugada de terça-feira um ato de força contra o regime de Nicolás Maduro em que envolveu militares e para o qual apelou à adesão popular.
Milhares de venezuelanos cortaram as ruas de Caracas para mostrar apoio ao autoproclamado presidente internino e imagens televisivas mostraram carros militares a avançar sobre a multidão. Foram também já ouvidos disparos.
O regime ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado e Nicolás Maduro apelou às Forças Armadas Bolivarianas para que mantenham "lealdade absoluta" ao seu governo.
Por sua vez, Juan Guaidó, insistiu que o chefe de Estado da Venezuela não tem "o apoio nem o respeito" das Forças Armadas e apelou ao povo para voltar às ruas esta quarta-feira para uma "rebelião pacífica”.