Escultor senegalês Ousmane Sow morreu aos 81 anos - TVI

Escultor senegalês Ousmane Sow morreu aos 81 anos

(REUTERS)

Uma das figuras da arte africana contemporânea, morreu hoje em Dacar

O escultor senegalês Ousmane Sow, uma das figuras da arte africana contemporânea, morreu hoje em Dacar, aos 81 anos, anunciou a sua família à agência France Presse.

“Levou consigo todos os sonhos e projetos que o seu corpo demasiado cansado não conseguiu terminar”, sublinhou a família, adiantando que nos últimos meses, Sow esteve várias vezes hospitalizado em Paris e em Dacar.

O artista era conhecido pelas suas esculturas monumentais de guerreiros, que deram a volta ao mundo.

O grande público descobriu-o em 1999, numa retrospetiva em Paris. Os seus guerreiros masai do Quénia, lutadores nuba do sul do Sudão, índios da América, colossos congelados em movimento, atraem então mais de três milhões de pessoas.

Nascido a 10 de outubro de 1935, em Dacar, Ousmane Sow só se tornou artista aos 50 anos, após ter trabalhado como fisioterapeuta nos subúrbios de Paris e no Senegal.

O seu conhecimento dos músculos e da anatomia ser-lhe-á útil para as esculturas.

“Posso vendar os olhos e fazer um corpo humano da cabeça aos pés”, confidenciou um dia.

Foi o primeiro africano a ser admitido na Academia Francesa de Belas Artes.

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