EUA: Departamento de Justiça não encontrou evidências de fraude que possam tirar a vitória a Biden - TVI

EUA: Departamento de Justiça não encontrou evidências de fraude que possam tirar a vitória a Biden

Donald Trump continua a alegar fraude eleitoral em vários estados norte-americanos

O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, disse esta terça-feira à agência Associated Press que o Departamento de Justiça não encontrou quaisquer evidências de fraude generalizada que possa vir a mudar os resultados das eleições norte-americanas de 3 de novembro, que culminaram na eleição de Joe Biden e na derrota de Donald Trump.

As palavras de William Barr surgem numa altura em que Donald Trump continua a alegar um esquema fraudulento na contagem de votos em vários estados como a Geórgia ou a Pensilvânia, onde os boletins de voto por correspondência acabaram por resultar em reviravoltas que levaram à vitória do demcrata.

Numa entrevista concedida à agência norte-americana, a figura máxima da justiça norte-americana afirmou que os procuradores e o FBI têm estado a trabalhar em queixas específicas e em informação que tem sido recebida através das autoridades. Após análise de vários documentos, não foram encontradas provas que mudem o resultado das eleições.

Até à data, não vimos fraude numa escala que possa afetar as eleições no sentido de haver um resultado diferente", afirmou.

Os comentários de William Barr ganham especial importância, uma vez que o procurador-geral tem sido um dos principais defensores de Trump. Antes da realização das eleições, Barr admitiu que os votos por correspondência poderiam ser vulneráveis a esquemas fraudulentos.

No domingo passado, em entrevista à Fox News, Donald Trump queixou-se da atuação de Barr e das autoridades federais, afirmando que não o estavam a ajudar na contestação aos resultados e na procura de provas de fraude: "eles desapareceram", declarou o presidente cessante.

William Barr afirmou que "há uma tendência crescente para usar o sistema judiciário como ferramenta para resolver todos os problemas".

Quando alguém está descontente com alguma coisa, fica à espera que o procurador-geral investigue", afirmou.

No mês passado, Barr autorizou os procuradores norte-americanos a investigar "alegações substanciais" de irregularidades eleitorais, mesmo antes de os resultados serem certificados, apesar de na altura não existirem provas de fraude em larga escala.

No memorando que emitiu, mandatou os procuradores para contornarem a política seguida habitualmente pelo Departamento de Justiça, que impedia esse tipo de investigação antes da confirmação dos resultados.

A equipa de advogados que representa o presidente cessante, liderada por Rudy Giuliani, tem alegado a existência de uma conspiração do Partido Democrata para introduzir milhões de votos ilegais no escrutínio, mas sem apresentar provas concretas.

O principal argumento que apresentaram em vários processos em tribunal nos estados cujos resultados contestam e que poderiam ser determinantes para um resultado diferente é que os observadores republicanos enviados para assistir à contagem em algumas mesas de voto não conseguiram ver claramente o processo. Daí, alegam que se devem ter verificado ilegalidades.

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