Comissão de Direitos Humanos condena homicídio de mais dois jornalistas no México - TVI

Comissão de Direitos Humanos condena homicídio de mais dois jornalistas no México

  • ALM com Lusa
  • 2 jun 2018, 10:08
Fronteira dos EUA com o México

De acordo com a organização Artículo 19, durante o mandato do atual Presidente, Enrique Peña Nieto, iniciado em 2012, foram assassinados 42 jornalistas e registadas cerca de 2.000 agressões a repórteres

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou na sexta-feira os assassinatos dos jornalistas Alicia Díaz González e Héctor González Antonio, que ocorreram em maio no México, manifestando “grande preocupação” com a violência contra estes profissionais.

Alicia Díaz González espancada e esfaqueada até à morte a 23 de maio na sua casa, em Monterrey, no estado de Nuevo Leon, enquanto Héctor González Antonio foi encontrado morto seis dias depois, também espancado, numa rua da Cidade Vitória, em Tamaulipas.

Em comunicado, a CIDH “observa com grave preocupação a situação de violência contra jornalistas”, assinalando que com estes dois profissionais já são seis os jornalistas assassinados este ano no México.

“Isto confirma a situação de risco e de vulnerabilidade dos trabalhadores dos meios de comunicação social no México”, acrescenta o comunicado, realçando que “os ataques endémicos contra jornalistas” e pessoas defensoras dos direitos humanos representam, sem dúvida, “a ameaça mais imediata e desafiadora à liberdade de expressão no México”.

A CIDH insta ainda as autoridades mexicanas a investigar, “de forma completa, efetiva e imparcial”, os crimes, a “esclarecer as suas motivações e a determinar judicialmente o relacionamento que eles poderiam ter com a sua atividade como jornalistas”.

De acordo com a organização Artículo 19, durante o mandato do atual Presidente, Enrique Peña Nieto, iniciado em 2012, foram assassinados 42 jornalistas e registadas cerca de 2.000 agressões a repórteres.

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