Os cinco condenados a nove anos de prisão por um crime continuado de abuso sexual com uma menina em 2016, conhecido como o caso de La Manada, vão continuar a aguarda em liberdade a decisão dos recursos interpostos pela defesa às diferentes acusações perante o Supremo Tribunal.
A Segunda Seção da Audiência de Navarra, que emitiu a primeira sentença, em abril de 2018, manteve a decisão depois que promotores e acusações solicitarem o retorno à cadeia dos jovens após a confirmação da sentença pelo Tribunal Superior de Justiça de Navarra, noticia hoje o jornal espanhol El País.
Os juízes Ricardo González e Raquel Fernandino, consideram que não mudaram as circunstâncias que os levaram a decretar a liberação provisória com uma caução de 6.000 euros. É a segunda vez que os magistrados deste tribunal rejeitam a revogação da liberdade para os réus neste caso. Em julho passado, os mesmos juízes também mantiveram a medida a Antonio Manuel Guerrero, para quem as acusações pediram um retorno à prisão por ter tentado renovar o passaporte três dias depois de ser libertado.
Todas as partes presentes no caso interpuseram recurso perante o Supremo Tribunal, onde será decidido se é uma violação, abusos ou se será emitida uma absolvição. As acusações insistem na classificação da agressão sexual, enquanto a defesa quer que sejam absolvidos, pois garante que o que aconteceu foi um relacionamento sexual múltiplo consentido pela menina. Enquanto aguardam a decisão deste recurso, José Ángel Prenda, Alfonso Cabezuelo, Jesús Escudero, Ángel Boza e Antonio Manuel Guerrero permanecerão em liberdade.