David-Maria Sassoli eleito presidente do Parlamento Europeu - TVI

David-Maria Sassoli eleito presidente do Parlamento Europeu

  • MM/CE
  • 3 jul 2019, 12:06
David Sassoli

O socialista italiano entrou no mundo da política há apenas cinco anos, quando decidiu candidatar-se pelo Partido Democrático à assembleia que agora passa a presidir

O socialista italiano David-Maria Sassoli foi eleito presidente do Parlamento Europeu esta quarta-feira. Sassoli está no Parlamento Europeu desde 2009 e foi eleito pelo Partido Democrático de Centro Esquerda, de que faz parte o PS português.

Foi eleito, à segunda volta, com 345 votos, contra 160 do candidato que ficou em segundo lugar. 

Sassoli é o novo presidente do PE, saúdo-o e convido-o a assumir a presidência”, disse o presidente da assembleia europeia, Antonio Tajani.

Sassoli, de 63 anos, já tinha sido o candidato mais votado na primeira volta da eleição, com o apoio de 325 votos, faltavam apenas sete para atingir a maioria (322). 

Caso nenhum dos candidatos conseguisse a maioria, realizar-se-ia uma terceira volta e, se o mesmo voltasse a acontecer, uma quarta e última volta entre os dois candidatos mais votados na ronda anterior.

A votação realizou-se esta quarta-feira no plenário europeu em Estrasburgo. 

Sassoli trocou o jornalismo pela política

O socialista italiano David Maria Sassoli, eleito esta quarta-feira para presidente do Parlamento Europeu, entrou no mundo da política há apenas cinco anos, quando decidiu candidatar-se pelo Partido Democrático (centro-esquerda) à assembleia que agora passa a presidir.

Sucessor do seu compatriota, de direita, António Tajani, David Sassoli, natural de Florença, casado e pai de dois filhos, licenciou-se em ciências políticas, mas cedo decidiu seguir o jornalismo, carreira que iniciou na década de 1980, começando pela imprensa escrita, passando a trabalhar no início da década de 90 em canais televisivos e tornando-se, em 2007, diretor adjunto do TG1, o telejornal do canal televisivo italiano RAI1.

Em 2009, decidiu então abraçar a carreira política, sendo eleito para o Parlamento Europeu e, na sessão constitutiva da oitava legislatura, para vice-presidente da assembleia, sendo na ocasião o segundo deputado da família socialista com mais votos.

Reeleito nas eleições deste ano, Sassoli foi, com alguma surpresa, o nome escolhido na terça-feira à noite pelo grupo socialista e democrata (S&D) – que integra o PS – como seu candidato à presidência do Parlamento Europeu.

No quadro do compromisso alcançado na terça-feira, no final de uma longa maratona negocial no Conselho Europeu, sobre a distribuição dos cargos de topo da UE para o novo ciclo político, foi decidido atribuir à família socialista a presidência da assembleia, mas o nome sugerido desde Bruxelas era o do presidente do Partido Socialista Europeu (PES), Sergei Stanishev.

O grupo S&D não aceitou a imposição de um nome, avançando então com o de Sassoli, que hoje foi eleito à segunda volta de uma eleição à qual se apresentaram ainda três outros candidatos (a alemã Ska Keller, pelos Verdes, a espanhola Sira Rego, do Grupo da Esquerda Unitária, e o checo Jan Zahradil, pelos Conservadores e Reformistas Europeus), tendo as duas outras grandes bancadas da assembleia, do PPE (a mais numerosa) e do Renovar a Europa (liberais, terceira maior) abdicado de avançar com candidatos, face ao compromisso no Conselho.

Esse compromisso prevê, todavia – embora não fique consagrado ‘preto no branco’ -, que os socialistas passarão a presidência do Parlamento aos conservadores do PPE na segunda metade do mandato, pelo que Sassoli deverá presidir à assembleia ‘apenas’ até janeiro de 2022.

Continue a ler esta notícia