Balanço dos estragos do Harvey no Texas feito com drones - TVI

Balanço dos estragos do Harvey no Texas feito com drones

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  • 4 set 2017, 23:47
Furacão Harvey

Seguradoras estão a usar os drones em grande escala para gravar imagens, poupar tempo e evitar que os inspetores se desloquem a áreas potencialmente perigosas

Os inspetores das companhias de seguros levaram consigo uma quantidade inédita de aparelhos não tripulados (drones) para fazerem a avaliação dos estragos causados pelo furacão Harvey no Estado do Texas.

As seguradoras estão a usar os drones em grande escala para gravar imagens, poupar tempo e evitar que os inspetores se desloquem a áreas potencialmente perigosas.

Estas empresas têm estado a aumentar as suas esquadras de drones desde que a agência federal da aviação (FAA, na sigla em Inglês) reduziu as suas restrições há cerca de um ano.

As primeiras experiências com a utilização dos drones foram feitas em áreas do sudeste norte-americano atingidas pelo furacão Matthew no final de outubro.

A Travelers Insurance, baseada em Hartford, enviou 65 pilotos de drones certificados num conjunto de 600 empregados que enviou para a área de Houston. Uma especialista em reclamações, Laura Shell, que vai estar no Texas esta semana, passou a última semana no centro de formação da empresa, em Windsor, no Estado do Connecticut, a aprender a pilotar drones.

"É uma grande notícia", afirmou Shell, de 55 anos, cujo trabalho envolve uma série de subidas. "Vai-me autorizar a conseguir olhar para áreas que não estão acessíveis e para telhados e fazê-lo rapidamente".

O vice-presidente da Travelers para as reclamações, Jim Wucherpfennig, destacou que os drones vão reduzir fortemente o tempo necessário para avaliar os estragos.

A empresa formou 300 funcionários como operadores certificados e espera ter mais de 600 no início de 2018, acrescentou.

Em vez de se fazer duas ou três viagens a uma casa, com recurso a um subcontratado especializado em montar andaimes e escadas, os funcionários da seguradora vão ser capazes de fazer inspeções externas numa única viagem.

O drone transporta uma câmara ligada a uma aplicação no telemóvel do empregado, que lhe permite fazer medições e fotos e vídeos em alta resolução, frequentemente acompanhado pelo cliente.

Os drones também têm algumas limitações, como não poderem voar sob forte chuva ou vento e não poderem entrar nas casas para o seu operador inspecionar os estragos.

A maior parte das grandes seguradoras já tem uma esquadra de drones. A tecnologia tornou-se tão barata que até pequenas empresas já a começaram a usar, segundo Jim Whittle, conselheiro da American Insurance Association.

A Allstate subcontratou um operador de drones para fazer centenas de inspeções por dia, na área de Houston, afirmou o seu porta-voz, Justin Herndon.

"Esta é a maior utilização de drones que se viu até hoje", realçou.

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