O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico acusou hoje a inteligência militar russa de fazer ciberataques contra instituições políticas, desportivas, empresa e meios de comunicação de todo o mundo.
“Este tipo de comportamento demonstra o desejo [russo] de operar sem levar em conta o direito internacional ou as normas estabelecidas”, apontou Jeremy Hunt, em comunicado.
O ministro britânico afirmou ainda que Moscovo age com um sentido de “impunidade e sem considerar as consequências”.
Os chefes das secretas europeias, principalmente os serviços secretos britânico e alemão, têm vindo a acusar a Rússia como a principal fonte de ameaças híbridas à Europa, citando as tentativas de manipulação de eleições, roubo de dados sensíveis e de um golpe no Montenegro, além do envenenamento de um antigo espião russo com um agente neurotóxico que o Reino Unido atribui à Rússia.
Austrália condena “padrão de atividade cibernética maliciosa”
A Austrália apoiou as acusações do Reino Unido sobre o “padrão de atividade cibernética maliciosa” da Rússia contra instituições políticas, comerciais, mediáticas e desportivas em todo o mundo.
“Isto é inaceitável e o governo australiano pede a todos os países, incluindo à Rússia, que parem com este tipo de atividades maliciosas”, declarou o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, em comunicado.
Scott Morrison afirmou que Camberra não tem sofrido grandes impactos com os ciberataques, mas salientou que “esta atividade afetou a capacidade do público noutras partes do mundo em desempenhar as suas vidas diárias. Causou um dano significativo indiscriminado em infraestruturas civis e causou milhões de dólares em danos económicos”.
O governo australiano quer ver os responsáveis punidos pelas violações das normas e leis. O Governo neozelandês decretou o seu apoio a Camberra.