Referendo: sondagens dão vitória esmagadora ao "não" em Itália - TVI

Referendo: sondagens dão vitória esmagadora ao "não" em Itália

  • Redação
  • (Atualizadas às 23:12) ALM
  • 4 dez 2016, 22:11
Referendo em Itália

Para já, o "não", que traga consigo a demissão de Renzi, vai fazer tremer a Europa. Tanto ou mais que o Brexit. Primeiro-ministro já tweetou um agradecimento mas ainda não se demitiu

As sondagens dão cada vez mais segura a vitória ao "não" com a votação agora mais seguro nos 59% dos votos. A oposição já pediu a demissão do primeiro-ministro que deve falar daqui a pouco.

Ao fecho das urnas, às 23 horas de Itália, mais uma que em Lisboa, de acordo com sondagens iniciais da IPR Marketing Institute-Piepoli para Rai, o "não" vencia.

Segundo as mesmas sondagens, citadas pelo la Reppublica, davam a vitória ao "não" com uma percentagem entre 54 e 58%, enquanto o "sim" devia ficar com entre 42 e 46% dos votos.

Um outra sondagem, citada pelo mesmo jornal, à La7, o "sim" ficaria com 41-45% dos votos e o não arrecadaria 55-59%.

Se tal votação se confirmar o mais provável é que, o primeiro-ministro, Matteo Renzi bata com a porta como prometeu. Foi o chefe de Estado que convocou este referendo constitucional. Renzi quer por fim ao “bicamerismo perfeito”: A Câmara dos Deputados e a Câmara do Senado têm, mais ou menos, o mesmo poder e a ideia é que o Senado passe a ser nomeado e composto por representantes regionais (deixando de ter 315 membros e passando para 100), acabando por perder poder. Tudo para facilitar a aprovação de leis, dado que o atual sistema complica esse processo.

O referendo está ainda ainda associado à nova lei eleitoral, aprovada pelo parlamento em 2015, mas que pode sofrer um revés na Justiça, que ainda a está a avaliar. O ojbetivo é acabar com a instabilidade nas decisões políticas, dando mais poder ao partido mais votado. Conhecida como Italicum, implica reforçar a maioria na Câmara dos Deputados. Como? O partido que conseguir 40% dos votos terá uma espécie de prémio como se tivesse obtido 54%. Se nenhum alcançar essa percentagem, vai-se à segunda volta entre os dois partidos mais votados.

Para já, a vitória do "não", que traga consigo a demissão de Renzi, vai fazer tremer a Europa. Tanto ou mais que o Brexit.

Há momentos Matteo Renzi deixava uma mensagem no Tweet, sem antecipar a conferência de imprensa daqui a pouco.

 

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