Começaram as cerimónias fúnebres de Qassem Soleimani no Irão - TVI

Começaram as cerimónias fúnebres de Qassem Soleimani no Irão

  • SS
  • 5 jan 2020, 10:39

O corpo do general da Guarda Revolucionária Iraniana, morto pelos Estados Unidos no Iraque, chegou este domingo ao Irão

O corpo do general da Guarda Revolucionária Iraniana Qassem Soleimani, morto pelos Estados Unidos no Iraque, chegou este domingo ao Irão, onde já decorrem as cerimónias fúnebres, que serão realizadas em várias cidades, esperando-se vários milhares de pessoas.

A primeira cerimónia está a ser realizada na cidade de Ahvaz, no sudoeste do país e fronteira com o Iraque. Pelas 12:00, os restos mortais são transferidos para a cidade sagrada de Mashad (nordeste) e depois são trasladados para Teerão.

Em Ahvaz, dezenas de milhares de pessoas reuniram-se para prestar homenagem a Soleimani entre gritos de "Morte aos Estados Unidos", "Morte a Israel" e "Morte à Arábia Saudita", segundo imagens transmitidas em direto pela televisão estatal iraniana.

As autoridades iranianas acusaram os aliados de Washington na região, principalmente Israel e Arábia Saudita, de instigar o ataque norte-americano a Bagdade na sexta-feira, que provocou a morte de Soleimani e do “número dois” da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, Abu Mehdi al-Muhandis, e outras pessoas.

Os restos mortais de Abu Mehdi al-Muhandis e pelo menos um dos mortos no ataque fazem parte da cerimónia fúnebre no Irão, pois estão misturados aos de Soleimani e ainda será necessário fazer testes de ADN.

Após esses testes, os restos mortais dos iraquianos serão devolvidos ao seu país, onde cerimónias fúnebres também foram realizadas no sábado em Bagdade e outras cidades.

Os atos fúnebres continuarão na segunda-feira em Teerão, onde o funeral principal será realizado e terminará na cidade natal de Soleimani, Kerman, no sul do país.

Soleimani, que morreu aos 63 anos, era comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Qods - encarregado das operações fora do Irão - e esteve presente na Síria e no Iraque, supervisionando as milícias apoiadas por Teerão em ambos os países árabes.

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, bem como os principais líderes políticos e militares do país, juraram que vingarão o assassínio do influente comandante.

Por sua parte, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no sábado que identificaram 52 objetivos do Irão para responder de forma "muito rápida" e "muito forte" às possíveis represálias de Teerão.

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