Facebook mantém suspensão da conta de Donald Trump na rede social - TVI

Facebook mantém suspensão da conta de Donald Trump na rede social

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  • 5 mai 2021, 15:11
Donald Trump

O organismo de vigilância concordou em que as mensagens divulgadas por Donald Trump na véspera do ataque ao Capitólio “violaram gravemente” os padrões de conteúdo das redes sociais Facebook e Instagram

O conselho supervisor da empresa Facebook decidiu hoje manter a suspensão do ex-Presidente dos EUA Donald Trump, que continuará impedido de usar as suas páginas nas redes sociais Facebook e Instagram.

O conselho supervisor acredita, ainda assim, que “não é apropriado” que a rede social Facebook imponha uma “sanção com duração indefinida”, pelo que pede que, nos próximos seis meses, a empresa “reconsidere a decisão arbitrária imposta em 7 de janeiro”.

O organismo de vigilância concordou em que as mensagens divulgadas por Donald Trump no início de janeiro “violaram gravemente” os padrões de conteúdo das redes sociais Facebook e Instagram, referindo-se às mensagens que o ex-Presidente colocou na véspera e durante a invasão do Capitólio pelos seus apoiantes, em 06 de janeiro, que provocou várias mortes e feridos.

No dia seguinte, o Facebook decidiu suspender a conta de Donald Trump por tempo indeterminado, alegando que o ex-Presidente tinha apelado à violência através das redes sociais.

Hoje, o conselho de supervisão - um organismo semi-independente cujas decisões são vinculativas - determinou que o antigo inquilino da Casa Branca "criou um ambiente em que um sério risco de violência era possível" com seus comentários em 6 de janeiro, dia do assalto ao Capitólio.

No momento da publicação das mensagens de Donald Trump, houve um risco claro e imediato de dano e as suas palavras de apoio aos envolvidos nos distúrbios legitimaram as suas ações violentas", concluiu o conselho de supervisão.

O organismo também concordou que Trump exerceu forte influência no comportamento dos seus apoiantes, no momento da invasão do Capitólio.

O alcance dos seus ‘posts’ foi significativo, com 35 milhões de seguidores no Facebook e 24 milhões no Instagram”, acrescentou o conselho de supervisão, fazendo recomendações à empresa que gere as redes sociais para que “desenvolva políticas claras, necessárias e proporcionais, que promovam a segurança pública e respeitem a liberdade de expressão”.

Mark Meadows, ex-chefe de gabinete de Trump, condenou a decisão da empresa que gere o Facebook, dizendo que tem um efeito negativo na liberdade de expressão e pedindo uma regulamentação mais rígida ou o desmantelamento deste grupo empresarial.

É um dia triste para a América, é um dia triste para o Facebook", disse Meadows, numa entrevista à estação televisiva Fox News.

O antigo conselheiro de Trump Jason Miller também tinha anunciado que o ex-Presidente lançaria a sua própria plataforma digital, “com dezenas de milhões de seguidores”, mas, para já, apenas existe um ‘blog’ associado a uma página de Internet com algumas mensagens datadas de fevereiro deste ano.

Outras redes sociais tomaram medidas semelhantes às do Facebook, após a invasão do Capitólio, mantendo a sua interdição da presença de Donald Trump.

O YouTube anunciou que vai esperar até que "o risco de violência diminua", antes de permitir que o ex-presidente volte a colocar vídeos no seu canal.

O Twitter – a rede social preferida de Donald Trump, que tem quase 89 milhões de seguidores – suspendeu a conta do ex-Presidente, de forma irrevogável, embora Jack Dorsey, o fundador da rede social, tenha lamentado não ter existido uma possibilidade para “promover uma conversa saudável".

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