Londres: Theresa May promete divulgar o nome dos atacantes - TVI

Londres: Theresa May promete divulgar o nome dos atacantes

Theresa May

A sua identidade já é conhecida, mas os nomes só serão divulgados "quando a investigação permitir". Em conferência de imprensa, a primeira-ministra britânica deixou ainda um elogio aos polícias que "mataram os três atacantes e salvaram inúmeras vidas"

A primeira-ministra Theresa May afirmou, em entrevista à BBC, que a polícia já identificou os três atacantes e que os seus nomes serão divulgados "quando a investigação permitir".

Depois, em conferência de imprensa, Theresa May revelou que o nível de ameaça permanecerá em "severo" após o "ataque ao mundo livre", sendo que serão implementadas medidas de segurança adicionais, principalmente nas pontes de Londres.

JTAC, o centro independente de análise do terrorismo, confirmou que o nível de ameaça nacional continua em severo, o que significa que pode acontecer um ataque terrorista", afirmou.

A primeira-ministra revelou ainda que, "infelizmente, as vítimas são de várias nacionalidades". 

Isto foi um ataque a Londres, ao Reino Unido, mas foi também um ataque ao mundo livre".

Na mesma declaração, May elogiou ainda o heroísmo e o trabalho da polícia e dos serviços de emergência, confirmando ainda que onze pessoas continuam detidas por possíveis ligações ao atentado, após uma ter sido libertada sem acusação.

Em oito minutos, os agentes da polícia balearam e mataram os três atacantes e salvaram inúmeras vidas", afirmou.

May lembrou ainda que a comissária Cressida Dick confirmou que a polícia tem bons recursos, uma confirmação de que o governo tem protegido os orçamentos da polícia antiterrorismo, tendo aumentado o número de agentes armados e o orçamento para a proteção da polícia. Aproveitando para responder ao seu opositor, o trabalhista Jeremy Corbyn, que pediu a sua demissão esta segunda-feira alegando que a chefe do governo tinha cortado nos orçamentos da polícia, May referiu também que foi "a responsável por dar à polícia poderes extra para lidar com o terrorismo".

"E o Jeremy Corbyn gabou-se de ser contra esses poderes", acrescentou.

O líder da oposição no Reino Unido pediu a demissão  de Theresa May, na sequência da série de atentados deste fim de semana no país, alegando que esta cortou no número de polícias.

Questionado sobre se apoiava ou não os apelos à demissão de May, Corbyn respondeu: "Sim, efetivamente, porque são apelos lançados por muitas pessoas responsáveis, que se sentem inquietas com o facto de que ela foi ministra do interior [Administração Interna] durante tanto tempo e decidiu reduzir os efetivos policiais".

Theresa May foi ministra (Secretária do Interior) de maio de 2010 a julho de 2016, quando assumiu o cargo de primeira-ministra, na sequência da demissão de David Cameron.

Buscas continuam

Esta manhã, a comissária da Polícia Metropolitana afirmou que espera divulgar o nome dos três homens responsáveis pelo ataque na ponte de Londres e no mercado de Borough que fez sete mortos e 48 feridos.

Cressida Dick revelou ainda, em entrevista à BBC Radio, que a polícia britânica está ainda a investigar se os responsáveis tiveram apoio de outras pessoas.

Uma grande prioridade para nós é tentar entender se eles estavam a trabalhar com outras pessoas, se outra pessoa esteve envolvida no planeamento do ataque e encontrar o plano para isso", afirmou.

Cressida Dick acrescentou ainda que a polícia "tem feito buscas em vários locais no este de Londres" e recolheu "uma grande quantidade de material forense".

Estamos a trabalhar muito rápido", garantiu.

A comissária referiu ainda que as autoridades suspeitam estar perante uma ameaça terrorista "largamente doméstica", uma vez que a ameaça surge no país e não fora dele. 

Penso que todos os recentes ataques têm um centro de gravidade primariamente doméstico", afirmou, acrescentando que esse centro de gravidade "estava presente nos cinco ataques que a polícia impediu e nos três recentes ataques concretizados".

Esta segunda-feira, Londres acordou com novas rusgas relacionadas com o ataque de sábado que fez sete mortos e perto de 50 feridos, muitos em estado crítico. De acordo com um comunicado da polícia metropolitana, os agentes invadiram várias casas em Newham e Barking, a este da capital, cerca das 4:15.

A polícia avança ainda que várias pessoas foram detidas e que as buscas continuam em ambas as localidades.

No domingo, 12 pessoas foram detidas em Barking por suposta ligação a um dos suspeitos do ataque na ponte de Londres e no mercado de Borough. O ataque já foi reivindicado pelo Estado Islâmico.

O ataque começou às 21:58 de sábado, quando os atacantes conduziam a carrinha de de norte a sul sobre a ponte de Londres (London Bridge).

Veja aqui o mapa do atentado

A carrinha subiu o passeio e colidiu com os peões antes de ser abandonada pelos atacantes, que estavam armados com facas, e continuaram na direção do mercado Burough, esfaqueando inúmeras pessoas", indicou o comissário assistente da polícia, Mark Rowley, em comunicado.

A primeira-ministra britânica já tinha dado a indicação de que oito minutos depois da primeira chamada de emergência os atacantes foram confrontados por oito polícias armados, que dispararam mais de 50 balas e os abateram. Um peão foi apanhado no meio do tiroteio e ficou ferido.

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