O antigo presidente brasileiro Lula da Silva foi condenado esta quarta-feira a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, numa ação do caso Lava Jato, relativo a uma propriedade em Atibaia, São Paulo.
A sentença da juíza substituta Gabriela Hardt é a segunda que condena o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que está preso em Curitiba desde abril de 2018, cumprindo uma outra pena de 12 anos e 1 mês.
De acordo com o site G1, da Rede Globo, o Ministério Público Federal acusava Lula de receber subornos dos grupos empresariais OAS e Odebrecht encapotados com a realização de obras numa propriedade em Santa Bárbara, Atibaia (S. Paulo), que o ex-presidente frequentava com a família.
Segundo os procuradores, Lula ajudou as empresas a manter nos cargos os ex-executivos da petrolífera Petrobras, Renato Duque, Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que estão indiciados como intervenientes em esquemas fraudulentos, descobertos na operação Lava Jato.
Esta quarta-feira, numa ação que implica outras doze pessoas, a juíza considerou provado que a empresa OAS foi a responsável pelas obras na cozinha da casa em Atibaia no ano de 2014, feitas a pedido de Lula e em benefício de sua família.
Segundo a sentença, a execução da obra foi realizada de forma a não ser identificado quem a estava fazendo e em benefício de quem seria realizada, sendo que a OAS nunca recebeu os valores desembolsados em benefício de Lula e sua família.