Carles Puigdemont foi autorizado pela justiça a ser candidato às eleições europeias. A notícia foi avançada pelo El Mundo, citando fontes jurídicas. Mas Jaume Alonso-Cuevillas, o advogado do antigo presidente do governo da Catalunha, divulgou no Twitter a sentença do tribunal de Madrid. Assim como Puigdemont, também Clara Ponsatí e Toni Comín - ex-líderes catalães que fugiram para a Bélgica - têm via livre para se candidatarem às eleições do próximo dia 26 de maio.
Sentència estimatòria pic.twitter.com/fwzz3qn0M7
— Jaume Alonso-Cuevillas (JACS) (@cuevillasjacs) May 6, 2019
O tribunal de Madrid foi obrigado a decidir sobre a candidatura dos antigos dirigentes catalães depois de o Supremo Tribunal de Justiça espanhol ter devolvido o processo a esta instância, tendo considerado que Puigdemont tem "direito a apresentar-se" em campanha, apesar de estar fugido à justiça.
Os juízes acabaram por decidir em linha com o Supremo Tribunal, que considerou que a situação de Puidgemont, Ponsatí e Comín "não consta" entre as causas que a lei contempla para impedir que possam assumir um cargo público caso sejam eleitos.
Porém, a Junta Eleitoral Central tinha decidido excluir as candidaturas do Lliure per Europa (Junts).
Carles Puigdemont exilou-se na Bélgica depois de, no ano passado, ele e os seus colaboradores mais próximos terem sido acusados de rebelião e mau uso de fundos públicos após terem declarado unilateralmente a independência da Catalunha.