Secretário de Estado dos EUA reafirma apoio de Washington à Ucrânia - TVI

Secretário de Estado dos EUA reafirma apoio de Washington à Ucrânia

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  • MJC
  • 6 mai 2021, 09:21
Anthony Blinken

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou esta quinta-feira o apoio de Washington à Ucrânia em Kiev, que está em guerra com separatistas pró-russos há sete anos e após uma nova escalada de tensões com a Rússia

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reafirmou esta quinta-feira o apoio de Washington à Ucrânia em Kiev, que está em guerra com separatistas pró-russos há sete anos e após uma nova escalada de tensões com a Rússia.

Estou aqui por um motivo muito simples, o de reafirmar veementemente, em nome do Presidente (Joe) Biden (...) o nosso compromisso com a soberania da Ucrânia, a sua integridade territorial e a sua independência”, afirmou, durante a primeira visita à Ucrânia de um alto funcionário do novo governo dos Estados Unidos desde que assumiu o cargo em janeiro.

Antony Blinken, que falava durante um encontro com o seu homólogo ucraniano Dmytro Kouleba, também reiterou a vontade americana de ajudar a "fortalecer a democracia, construir instituições e fazer avançar reformas contra a corrupção".

Por sua vez, o ministro ucraniano sublinhou que "aprecia muito" a ajuda recebida desde 2014 e a revolução que tirou do poder um presidente pró-russo.

O secretário de Estado dos EUA vai reunir-se hoje com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Esta visita surge menos de duas semanas após uma nova escalada de tensões que opõem a Rússia e a Ucrânia desde a chegada ao poder do pró-ocidentais a Kiev e da anexação da Crimeia por Moscovo, em 2014.

No decurso do mês de abril, a Rússia deslocou dezenas de milhares de soldados para junto das fronteiras com a Ucrânia, oficialmente para “exercícios militares”, mas que suscitaram receios no país e no Ocidente sobre uma possível invasão.

Esta deslocação massiva de tropas foi acompanhada por um regresso da violência no leste da Ucrânia, onde, desde 2014, Kiev se confronta com uma rebelião de separatistas russófonos apoiados por Moscovo.

Após acusações verbais e ameaças mútuas, Moscovo anunciou, em 23 de abril, a retirada das suas tropas, apesar de Ucrânia, Estados Unidos e NATO, organização à qual Kiev ambiciona aderir, referirem permanecer “vigilantes”.

Peritos ucranianos indicaram que Moscovo deixou os seus armamentos nas regiões fronteiriças, e estabeleceram um paralelo com os acontecimentos que precederam o breve conflito que opôs a Rússia e a Geórgia, no verão de 2008.

A Rússia assegurou por diversas vezes não pretender “ameaçar ninguém”, e ter o direito de efetuar manobras no seu território da forma que entender.

Neste contexto, e segundo Ielyseiev, as autoridades ucranianas esperam de Washington a confirmação da autorização para receberem armamento letal.

Washington deve fornecer a Kiev uma ajuda de mais de 400 milhões de dólares (332 milhões de euros) apenas em 2021, um ‘dossier’ considerado muito importante para a Ucrânia no contexto da sua guerra contra os separatistas pró-russos do leste.

A viagem de Blinken surge ainda num momento em que o Presidente Biden aumentou a pressão sobre a Rússia com novas sanções e expulsões de diplomatas. Lançou ainda a ideia de uma cimeira com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.

À margem das tensões internacionais, o chefe da diplomacia dos EUA vai igualmente exigir a Kiev progressos tangíveis na luta anticorrupção e reformas destinadas a modernizar esta ex-república soviética.

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