Dirigentes da DirecTV detidos na Venezuela - TVI

Dirigentes da DirecTV detidos na Venezuela

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  • 6 jun 2020, 12:33
DirecTV

A 19 de maio, o grupo de telecomunicações norte-americano AT&T, detentor da DirectTV, anunciou o fim das atividades da estação na Venezuela

Três dirigentes da empresa de televisão paga DirecTV, que encerrou atividade na Venezuela no contexto das sanções impostas pelos Estados Unidos, foram detidos na sexta-feira.

A 19 de maio, o grupo de telecomunicações norte-americano AT&T, detentor da DirectTV, anunciou o fim das atividades da estação na Venezuela, justificando que as sanções impostas pelos Estados Unidos proíbem as transmissões do canal de informação privado Globovisión e do canal da companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA TV.

Ora, a transmissão desses dois canais foi a condição imposta pelo regime do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para conceder uma licença de televisão paga na Venezuela.

Nicolás Maduro e vários membros da sua equipa e da petrolífera estatal PDVSA são alvo de sanções dos Estados Unidos.

A 23 de maio, a justiça venezuelana ordenou a apreensão dos bens e equipamentos da DirectTV local.

Simultaneamente, proibiu os membros da direção da empresa de deixarem o território da Venezuela e de transferirem as suas contas bancárias para o estrangeiro.

“Espero que haja justiça neste país”, disse aos jornalistas, antes de se entregar à polícia, Carlos Villamizar, vice-presidente para a estratégia da DirecTV na Venezuela.

Villamizar confessou estar "muito surpreendido" com a ordem judicial emitida contra si e dois dos seus antigos colegas, Hector Rivero e Rodolfo Carrano.

Acompanhados por advogados, os três entregaram-se voluntariamente no quartel-general dos serviços de informações venezuelano, na sexta-feira.

Com sede em El Segundo, Califórnia, a DirecTV transmite televisão por satélite e áudio digitais nos Estados Unidos, América Latina e Caribe.

Segundo dados oficiais, a DirecTV representa 45% do mercado de televisão por subscrição na Venezuela e a suspensão das suas atividades afetou 6,5 milhões de subscritores, privando-os, entre outros, do popular programa desportivo “Futbol Total”.

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