Aumento de atividade do vulcão Merapi na Indonésia obriga a evacuação - TVI

Aumento de atividade do vulcão Merapi na Indonésia obriga a evacuação

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  • 6 nov 2020, 11:23
Vulcão Merapi

O chefe do Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos de Yogyakarta alertou que o Merapi, o vulcão mais ativo da Indonésia, pode entrar em erupção a qualquer momento, possivelmente enviando nuvens de gás quente pelas suas encostas até cinco quilómetros

As autoridades da Indonésia começaram esta sexta-feira a retirar pessoas que vivem nas encostas férteis do vulcão Monte Merapi, depois de um aumento da atividade vulcânica.

O chefe do Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos de Yogyakarta, Hanik Humaida, alertou que o Merapi, o vulcão mais ativo da Indonésia, pode entrar em erupção a qualquer momento, possivelmente enviando nuvens de gás quente pelas suas encostas até cinco quilómetros.

Edy Susanto, oficial da agência local de mitigação de desastres, disse que cerca de 300 pessoas de duas vilas, a maioria idosos, mulheres grávidas e crianças, foram levadas para abrigos de emergência no distrito de Magelang, em Java Central.

Susanto disse que estão a ser preparadas medidas de emergência para retirar as pessoas que vivem a menos de seis quilómetros da entrada da cratera, enquanto as administrações locais nas províncias de Java Central e Yogyakarta monitorizam de perto a situação.

Na quinta-feira, a agência geológica da Indonésia elevou o nível de alerta do Merapi para o segundo nível mais alto depois de os sensores terem detetado um aumento na atividade.

A montanha de 2.968 metros fica a cerca de 30 quilómetros do centro da cidade de Yogyakarta.

Cerca de 250.000 pessoas vivem num raio de 10 quilómetros do vulcão.

O Merapi cuspiu cinzas e gás quentes numa coluna de até seis quilómetros de altura em junho, mas nenhuma vítima foi relatada.

A última grande erupção do vulcão, em 2010, matou 347 pessoas e causou a retirada de 20.000 habitantes.

A Indonésia, um arquipélago com mais de 270 milhões de pessoas, situa-se no “Círculo de Fogo” do oceano Pacífico e está sujeita a terramotos e erupções vulcânicas, sendo que os sismólogos do Governo monitorizam mais de 120 vulcões ativos.

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