A empresa sueca de imobiliário IKEA vai pagar uma indemnização de 46 milhões de dólares (cerca de 41 milhões de euros) aos pais de uma criança que morreu sufocada após a queda de uma cómoda da marca nos Estados Unidos.
Jozef Dudek, de apenas dois anos, morreu em maio de 2017. A cómoda, de 32 quilos, da linha Malm, caiu sobre a criança na casa da família, no estado da Califórnia. Trata-se da maior indemnização num caso deste género na história dos Estados Unidos.
Apesar de nenhuma indemnização poder alterar os acontecimentos trágicos que nos trouxeram até aqui, para o bem da família e de todos os envolvidos estamos satisfeitos por este litígio ter alcaçado uma resolução”, afirmou uma porta-voz da IKEA, citado pela BBC.
Os pais da criança, Joleen e Craig Dudek, por sua vez, afirmaram que ficaram “devastados” com a perda do filho e que não querem que “isto aconteça a outra família”.
“Nunca pensamos que uma criança de dois anos conseguisse fazer tombar uma cómoda que o pudesse sufocar. Só depois percebemos que este era m design instável. Estamos a contar a nossa história porque não queremos que isto aconteça com outra família”, sublinharam.
O casal fez saber que vai doar um milhão de dólares a grupos que trabalham para proteger as crianças de produtos perigosos.
Antes de Jozef, já três crianças, duas de dois anos e uma terceira de 23 meses, tinham morrido devido a quedas do produto em 2014 e 2015 nos Estados Unidos.
As três mortes levaram a IKEA a recolher milhões de cómodas Malm na América do Norte devido às preocupações levantadas em relação à segurança do artigo. Foi a maior recolha de produtos da marca da história da empresa.
Nesse mesmo ano, os suecos aceitaram pagar cerca de 48 milhões de euros de indemnização às três famílias das crianças. A IKEA comprometeu-se também a cumprir os padrões de segurança norte-americanos para os móveis destinados a guardar roupa.