Covid-19: autoridades brasileiras acusam Governo de tornar mortes "invisíveis" - TVI

Covid-19: autoridades brasileiras acusam Governo de tornar mortes "invisíveis"

  • .
  • AM
  • 7 jun 2020, 08:08
Covid-19

O Brasil, que já confirmou 672.846 casos e 35.930 mortes provocadas pela covid-19, deixou de comunicar o número total de mortes para "evitar subnotificações e inconsistências"

As autoridades regionais de saúde do Brasil acusaram no sábado o Governo de Jair Bolsonaro de "tornar invisíveis" as mortes por coronavírus no país, depois de um funcionário do Ministério da Saúde ter questionado a avaliação oficial.

"A tentativa autoritária, insensível, desumana e pouco ética de tornar invisíveis as mortes de covid-19 não prosperará", afirmou o Conselho Nacional de Secretários da Saúde, a organização que reúne estas autoridades.

Na véspera, o ministério tinha deixado de informar sobre o número total de mortes no Brasil, dando apenas o número das últimas 24 horas. O 'site' com as estatísticas públicas também foi encerrado nesse dia, e voltou a estar 'online' no sábado apenas com os números do último dia, sem números regionais ou anteriores.

"Do ponto de vista da saúde, esta é uma tragédia a que assistimos (...). Não informar significa que o Estado é mais nocivo do que o vírus", disse o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido em abril, depois de manifestar o seu desacordo com a política do Governo Federal.

O Brasil registou 904 mortes e 27.075 mil casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde.

Ao todo, o Brasil já confirmou 672.846 casos e 35.930 mortes provocadas pela covid-19.

No sábado, o presidente do Brasil anunciou que, para "evitar subnotificações e inconsistências", os dados diários sobre a covid-19 no país são divulgados mais tarde, incluindo apenas as novas infeções e mortes das últimas 24 horas, divulgou o portal G1.

Jair Bolsonaro afirmou nas redes sociais que "o Ministério da Saúde adequou a divulgação dos casos e mortes relacionados com covid-19", optando por publicar o balanço diário mais tarde, às 22:00 e não às 19:00, para "evitar subnotificações e inconsistências", refere o G1, portal de notícias do grupo Globo.

Continue a ler esta notícia

Mais Vistos

EM DESTAQUE