Jornalista húngara que pontapeou refugiados arrisca pena até cinco anos - TVI

Jornalista húngara que pontapeou refugiados arrisca pena até cinco anos

8 DE SETEMBRO: Jornalista húngara dá pontapés a refugiados que tentam entrar na Hungria. Petra Laszlo foi filmada a pregar uma rasteira a um homem que corria com um menino nos braços, em Röszke. A rasteira mudou a vida de Osama Abdul Mohsen. O sírio tombado com o filho de sete anos recebeu um convite de Espanha, para ali viver e ser treinador de futebol (REUTERS)

Repórter de imagem filmada na fronteira com a Sérvia, há cerca de um ano, a pontapear e rasteirar refugiados, entre eles crianças, foi agora acusada pela justiça húngara de vandalismo

A jornalista húngara que pontapeou e rasteirou vários refugiados, entre eles crianças, na fronteira com a Sérvia, há cerca de um ano, foi agora acusada de vandalismo pela justiça húngara por esse comportamento.

Caso seja condenada, Petra László poderá ter de cumprir uma pena de prisão até cinco anos.

O comportamento violento da acusada, que não causou ferimentos, provocou consternação nas pessoas que estavam presentes", considerou a Procuradoria da província húngara de Csongrád. Apesar de dar como provado que a jornalista pontapeou e rasteirou vários refugiados que fugiam da polícia ao entrar na Hungria a partir da Sérvia, a acusação indica que não se pode demonstrar que a sua atitude agressiva foi motivada "pela origem das vítimas ou pelo facto de estas serem imigrantes".

O caso, que levou ao despedimento da jornalista, gerou polémica e conduziu a que a comunicação social acompanhasse o percurso de um desses refugiados, que foi pontapeado com o filho de sete anos, e acabou por ir para Espanha treinar futebol.

A jornalista lamentou o seu comportamento, justificando que teve um ataque de pânico.

Sinto muito o que ocorreu (…). Estou em estado de choque pelo que fiz e pelo que estão a fazer comigo”, disse a repórter Petra Lázló numa carta publicada, na altura, na imprensa local. 

Petra Lázló contou que quando estava a trabalhar na zona de Röszke, centenas de refugiados começaram a correr, o que a assustou.

É difícil tomar decisões corretas quando se está em pânico. Não consegui fazê-lo.”

Continue a ler esta notícia