Chefe da diplomacia dos EUA apela à resistência a pressões da China para isolar Taiwan - TVI

Chefe da diplomacia dos EUA apela à resistência a pressões da China para isolar Taiwan

  • ALM com Lusa
  • 9 fev 2020, 10:42
Mike Pompeo

China continental e Taiwan são dirigidas por regimes rivais desde 1949. Pequim considera Taiwan como uma província chinesa e ameaça usar a força para reunificar o território, se necessário

O secretário de Estado norte-americano pediu, no sábado, aos governadores dos Estados Unidos que resistam às pressões da China para isolar Taiwan.

"Não aprovem acordos individuais com a China que possam prejudicar a política nacional", disse Mike Pompeo, numa reunião da Associação Nacional de Governadores norte-americanos, em Washington.

"Sei que nenhum de vós o faria intencionalmente", acrescentou Pompeo, indicando que a administração federal norte-americana ia intensificar a comunicação com os governadores sob como gerir o 'dossier' chinês.

O responsável norte-americano referia-se a uma ameaça dirigida, no ano passado, ao governador do Mississippi, em que a China indicou que ia anular um investimento, na sequência de uma visita a Taiwan.

Pompeo citou também a carta de um diplomata chinês a pedir aos governadores que não felicitassem a líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, pela reeleição no mês passado.

A China continental e Taiwan são dirigidas por regimes rivais desde 1949. Pequim considera Taiwan como uma província chinesa e ameaça usar a força para reunificar o território, se necessário.

Taiwan tem moeda própria, bandeira, forças armadas, diplomacia e governo, mas apenas 15 capitais em todo o mundo continuam a reconhecer a ilha como país independente. A maioria é formada por nações pobres da América Latina e do Pacífico, enquanto o Vaticano é o único na Europa.

No encontro, Pompeo denunciou ainda as pressões chinesas ao nível das autoridades locais norte-americanas para que não recebam o líder espiritual tibetano, o dalai-lama, que vive exilado na Índia há cerca de 60 anos.

Antes, o secretário de Estado norte-americano tinha alertado os governadores para serem cautelosos com a China, considerando que o país visa alvos individuais, num esforço estratégico para expandir a influência económica e política.

No final de janeiro, durante uma passagem por Londres, onde foi pedir ao Governo britânico para reconsiderar a decisão de permitir que a empresa chinesa Huawei participasse no desenvolvimento da rede 5G no país, Pompeo fez declarações no mesmo sentido, ao classificar o Partido Comunista Chinês como a “principal ameaça” da atualidade.

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