Bazuca à vista: Hungria e Polónia desbloqueiam veto ao orçamento da União Europeia - TVI

Bazuca à vista: Hungria e Polónia desbloqueiam veto ao orçamento da União Europeia

Comissão Europeia

Entre o pacote económico para os próximos seis anos estão 750 mil milhões de euros que servirão para estimular as economias afetadas pela covid-19

A Hungria e a Polónia chegaram a acordo com a Alemanha para desbloquar o orçamento de 1,8 biliões de euros, que integra o pacote de estímulo às economias afetadas pela crise provocada pela covid-19 (Fundo de Recuperação). A confirmação veio de um responsável do governo de Varsóvia.

Este acordo deve por fim a um impasse que começou em Budapeste, e depois se estendeu a Varsóvia, ameaçando aquilo a que António Costa se referiu como uma "bazuca" de 750 mil milhões de euros que se destinam a ajudar as economias europeias entre os anos de 2021 e 2027.

O vice-primeiro ministro polaco, Jaroslaw Gowin, afirmou que o acordo com a Alemanha (que ainda detém a presidência da Comissão Europeia, que transita para Portugal em 2021) foi alcançado e deve ser apresentado aos restantes estados-membros em breve.

Para já temos um acordo entre Varsóvia, Budapeste e Berlim. Acredito que este acordo vai incluir as restantes 24 capitais", afirmou.

A agência Reuters refere que há países que ainda se podem opor a este acordo, nomeadamente os Países Baixos.

O acordo preliminar foi mais tarde confirmado por um oficial húngaro ligado ao processo, que falou à Bloomberg sob condição de anonimato.

Mais tarde, e em declarações ao canal Polsat News, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Órban, admitiu que o acordo estava por "centímetros".

Hungria e Polónia discordam da condicionalidade no acesso aos fundos comunitários ao respeito pelo estado de direito.

Ambos os países estão entre os principais beneficiários destes fundos europeus e talvez por isso Varsóvia parece estar a demonstrar uma posição mais branda, para que o acordo fosse facilitado.

Há mais de um ano que a Polónia e a Hungria são criticados e investigados na União Europeia pelas limitações à Justiça e os meios de comunicação social nos dois países.

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