Um avião da Ethiopian Airlines com destino a Nairobi caiu, este domingo, na Etiópia, com 149 passageiros mais oito tripulantes e não há registo de sobreviventes.
Ethiopian Airlines statement on plane crash pic.twitter.com/5pPhYisi4z
— Shingai Nyoka (@shingainyoka) 10 de março de 2019
O incidente aconteceu às 08:44 (03:44 em Portugal).
O voo ET 302 caiu perto da cidade de Bishoftu, a 62 quilómetros a sudeste da capital da Etiópia, Adis Abeba, informou a companhia aérea. Seis minutos após a descolagem o avião tinha desaparecido do radar.
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A Ethiopian Airlines confirmou ainda que o avião era um Boeing 737-800 MAX.
Accident Bulletin no. 1
Issued on march 10, 2019 at 11:00am
Ethiopian Airlines will release further information as soon as it is available. Updated information will also be on Ethiopian Airlines website at https://t.co/Je7pXoKxHh pic.twitter.com/07wKZHPVPl
— Ethiopian Airlines (@flyethiopian) 10 de março de 2019
O gabinete do primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, já enviou condolências via Twitter às famílias das vítimas.
O gabinete do primeiro-ministro, em nome do governo e do povo da Etiópia, gostaria de expressar as mais profundas condolências às famílias daqueles que perderam os seus entes queridos no Boeing 737 da Ethiopian Airlines num voo para Nairobi, no Quénia, esta manhã”.
The Office of the PM, on behalf of the Government and people of Ethiopia, would like to express it’s deepest condolences to the families of those that have lost their loved ones on Ethiopian Airlines Boeing 737 on regular scheduled flight to Nairobi, Kenya this morning.
— Office of the Prime Minister - Ethiopia (@PMEthiopia) 10 de março de 2019
Como forma de luto, a página oficial da companhia aérea no Twitter alterou o logótipo para preto, e disponibilizou números de emergência para as informações necessárias.
Airport emergency hotline
— Ethiopian Airlines (@flyethiopian) 10 de março de 2019
(251)11 5 17 87 33
(251)115 17 47 35
(251)11 5 17 41 00
For all information necessary
(251)11 5 17 89 45
(251)11 5 17 89 87
(251)11 5 17 82 31
(251)11 5 17 85 58
Os passageiros eram de 35 nacionalidades diferentes.
A Ethiopian Airlines pertence ao estado e é uma das principais transportadoras do continente. É ainda membro da Star Alliance (a mesma que integra a transportadora portuguesa TAP) desde dezembro de 2011.
O último grande acidente foi em janeiro de 2010, quando um voo que partiu de Beirute caiu logo após a descolagem.
Governo português acompanhou a situação
As autoridades portuguesas estão a acompanhar o acidente sem sobreviventes ocorrido, este domingo, com um avião da Ethiopian Airlines, que tinha a bordo 157 pessoas de 35 nacionalidades, indicou fonte da Secretaria de Estado das Comunidades à Lusa.
Contactada pela Lusa, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades referiu que as autoridades portuguesas estão a acompanhar a ocorrência, estando em contacto com a Embaixada de Portugal em Nairobi (Quénia).
A mesma fonte acrescentou que, neste momento, ainda não existem dados concretos sobre as nacionalidades das vítimas e que as autoridades portuguesas estão a tentar obter mais informações.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já apresentou condolências à sua homóloga da Etiópia.
Ao tomar conhecimento do trágico acidente de aviação, que esta manhã tirou a vida a 157 pessoas, o Presidente da República apresentou as suas sentidas condolências e solidariedade à Presidente da Etiópia Sahle-Work Zewde, expressando o seu pesar às famílias das vítimas”, refere uma nota colocada na página da Presidência da República na Internet.
Piloto reportou “dificuldades” e pediu para regressar
O piloto do avião da Ethiopian Airline depois de descolar de Adis Abeba reportou “dificuldades” e pediu para regressar ao aeroporto da capital etíope, disse o presidente-executivo da companhia, Tewolde Gebremariam.
O piloto reportou à torre de controlo que estava com dificuldades e que queria regressar”, afirmou o presidente-executivo da Ethiopian Airline, numa conferência de imprensa em Adis Abeba.
Segundo Tewolde Gebremariam, o piloto do Boeing 737 “teve autorização” para virar e voltar ao aeroporto de Adis Abeba.
O responsável referiu que ainda é muito cedo para determinar “as causas do acidente” que envolveu o Boeing 737-8 Max, um modelo adquirido pela companhia aérea etíope em novembro passado.
Tewolde Gebremariam, que já se deslocou ao local do acidente, precisou que o aparelho se despenhou numa zona chamada Hejeri, perto da cidade de Bishoftu, a cerca de 42 quilómetros a sudeste da capital da Etiópia e onde fica a sede da maior base da Força Aérea etíope.
Na mesma conferência de imprensa, o responsável acrescentou mais informações sobre as nacionalidades das vítimas mortais, referindo que dois cidadãos de Espanha, quatro da Eslováquia, dois da Polónia, três da Áustria e três da Suécia também constam da lista.
Numa nova listagem divulgada na conta da Ethiopian Airlines na rede social Twitter, o número de nacionalidades subiu de 33 para 35.
- 32 vítimas do Quénia
- 18 do Canadá
- 9 da Etiópia
- China, Itália e Estados Unidos - 8 vítimas de cada país
- Reino Unido e França - 7 vítimas de cada país
- 6 do Egito
- 5 da Alemanha
- Índia e Eslováquia - 4 vítimas de cada um
- Rússia, Áustria e Suécia - 3 vítimas de cada um
- Espanha, Marrocos, Israel e Polónia - 2 vítimas de cada país
- Bélgica, Uganda, Iémen, Sudão, Togo, Noruega, Moçambique, Djibouti, Indonésia, Irlanda, Ruanda, Arábia Saudita, Somália, Sérvia, Nepal e Nigéria - uma vítima por cada região
Estamos profundamente tristes e expressamos as nossas mais profundas condolências" às famílias das vítimas, referiu Tewolde Gebremariam, precisando ainda que as autoridades etíopes estão em contacto com as embaixadas dos países afetados pelo acidente.