Corpo encontrado é de uma das meninas sequestradas pelo pai em Tenerife - TVI

Corpo encontrado é de uma das meninas sequestradas pelo pai em Tenerife

A informação inicialmente avançada pela Delegação do Governo das Ilhas Canárias, não confirmava que se tratava de uma das crianças, dizia apenas que o corpo aparentava "ser de um menor"

Foi encontrado, esta quinta-feira, um corpo na mesma zona onde estavam a ser realizadas buscas pelas duas meninas, de um e seis anos, desaparecidas em Tenerife, Espanha.

A informação inicialmente avançada pela Delegação do Governo das Ilhas Canárias, não confirmava que se tratava de uma das crianças, dizia apenas que o corpo aparentava "ser de um menor".

Entretanto, a polícia judicária procedeu à identificação do cadáver e confirmou que se trata de Olivia, a filha mais velha de Tomás Gimeno. A informação está a ser avançada pela imprensa espanhola.

Este homem está a ser procurado pela Guarda Civil depois de não ter devolvido as filhas, Anna e Olivia, de um e seis anos, à ex-mulher e de lhe ter enviado uma mensagem perturbadora na última vez em que se falaram.

A mãe e a restante família já foram informadas. As buscas mantêm-se no local. 

O crime de sequestro é a primeira linha de investigação, mas as autoridades não descartam outros cenários.

Foram recolhidos testemunhos de familiares e amigos próximos das vítimas, bem como realizadas buscas na casa e na quinta de Tomás Gimeno. O tribunal emitiu também o levantamento de sigilo bancário, de modo a verificar se o pai das crianças fez algum levantamento antes de desaparecer com as filhas ou se o fez depois disso.

Os investigadores conseguiram ainda detetar sangue no barco do pai, no qual foi visto pela última vez, sozinho, antes do desaparecimento. É aqui que os agentes concentraram as atenções. Os investigadores encontraram o barco à deriva e sem ninguém dentro. Para além disto, encontraram também o carro de Gimeno no porto. 

O casal separou-se em dezembro e a ex-mulher de Tomás já havia admitido que o suspeito a tinha ameaçado verbalmente.

Em março, os agentes da Guarda Civil entraram em contacto com a mulher e perguntaram se as ameaças se tinham repetido. Ela disse que não. Desde então, o ex-casal não registou nenhum episódio de agressão ou violência.

No entanto, no dia em que Tomás estava obrigado a entregar as filhas depois de passar a tarde com elas, não o fez.

Na mesma noite, a mãe das crianças avançou com uma queixa, contando, ainda, às autoridades que Tomás lhe tinha ligado duas vezes, com expressões que não lhe fizeram sentido na altura. Num dos telefonemas, o suspeito disse: "Tu não vais ver as meninas de novo."

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