Um grupo armado, autodenominado "Resistência", apelou esta quinta-feira à luta para derrubar o governo da Venezuela, alegando que o tempo das eleições e do diálogo "já passou".
A mensagem foi deixada num vídeo partilhado nas redes sociais, onde os membros deste grupo surgem encapuzados, vestidos de preto e armados, à frente da bandeira venezuelana.
Somos profissionais militares e policiais, ativos e reformados, organizados, treinados e armados. Decidimos dar um passo em frente como parte da operação 'David' para contribuir para a libertação do nosso povo e resgatar a democracia", afirmou uma voz, alegadamente a do líder do grupo.
O grupo fez "um apelo ao bravo povo da Venezuela para que se una à luta de todos, nas redes, em casa, nas ruas, contra a ditadura comunista".
#9Ago #PRONUNCIAMIENTO Grupo "Comando" Pro #ResistenciaVenezuela Este fue su mensaje. (1/2) #OperacionDavid #10Ago pic.twitter.com/pOC1noJoBN
— TemplarioResistencia (@TemplarioResisT) August 10, 2017
#9Ago #PRONUNCIAMIENTO Grupo "Comando" Pro #ResistenciaVenezuela Parte (2/2) #OperacionDavid #10Ago pic.twitter.com/f2dUWCXHVd
— TemplarioResistencia (@TemplarioResisT) August 10, 2017
A Venezuela enfrenta uma grave crise económica, a que se juntou o aprofundar da crise política nos últimos meses.
Os protestos contra o regime intensificaram-se e, desde abril, já morreram mais de 100 pessoas em confrontos entre as forças do governo e os que se opõem ao executivo de Nicolás Maduro.
O Alto Comissariado das Nações Unidas divulgou na terça-feira um relatório onde acusa as forças de segurança venezuelanas de terem "maltratado" e "torturado" de forma "generalizada e sistemática" manifestantes e cidadãos detidos nos protestos.