Covid-19: China volta a detetar vírus em carne congelada do Brasil - TVI

Covid-19: China volta a detetar vírus em carne congelada do Brasil

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  • 10 dez 2020, 09:36
Carne

Vestígios foram detetados em embalagens de lombo bovino desossado congelado, segundo as autoridades chinesas. Um supermercado comprou 182,5 quilos desta carne e vendeu 123 quilos a clientes

A China voltou hoje a detetar vestígios do novo coronavírus em embalagens de produtos congelados importados do Brasil, informaram as autoridades da cidade de Tongzhou, na província de Jiangsu.

Em comunicado, o governo local informou que os vestígios do vírus foram detetados em embalagens de lombo bovino desossado congelado, comprados a uma empresa da cidade de Wuxi, na mesma província.

A produção das embalagens data entre 27 e 31 de julho deste ano, lê-se na mesma nota.

O supermercado RT Mart, de Tongzhou, comprou 182,5 quilos daquela carne e vendeu 123 quilos a clientes.

As autoridades retiraram já o produto do supermercado, que também foi desinfetado, e submeteram os funcionários e consumidores a testes de ácido nucleico, mas até agora os resultados foram negativos.

Não é a primeira vez que a China encontra vestígios do vírus em embalagens de alimentos congelados importados do Brasil.

Na segunda-feira, as autoridades sanitárias de Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19, detetaram vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne suína brasileira.

Em agosto, as autoridades da cidade de Shenzhen, sul da China, afirmaram ter encontrado restos na superfície de um lote de asas de frango congelado importado do Brasil.

As autoridades do país alegam que alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal origem de novos surtos do vírus na China.

A Comissão Nacional de Saúde da China informou hoje que houve um caso de contágio local na região da Mongólia Interior, ao qual deve ser adicionado outro positivo, na província de Heilongjiang, no nordeste do país.

O número total de infetados ativos na China continental é atualmente 285, entre os quais cinco estão gravemente doentes.

A China respondeu por 40% das exportações do setor agroalimentar do Brasil no primeiro semestre deste ano.

 

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