O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou através das redes sociais que enviou à Assembleia Nacional um pedido para que seja decretado o estado de emergência no país.
No Twitter, Guaidó partilhou o documento que entregou naquela entidade e justificou a decisão com o apagão geral no país desde quinta-feira.
Cumpliendo con mis atribuciones constitucionales como Presidente (E), he enviado a la @AsambleaVE la solicitud para que se decrete estado de alarma en todo el territorio nacional debido a la tragedia que vive el país a causa del apagón nacional sostenido. #ANSesiónDeEmergencia pic.twitter.com/et5WjL8uy0
— Juan Guaidó (@jguaido) March 11, 2019
O líder da Assembleia Nacional e autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, já tinha anunciado no domingo que ia pedir ao Parlamento o estado de emergência.
No sábado, as agências internacionais relataram que a eletricidade tinha sido restabelecida em algumas zonas de Caracas, mas que o “apagão” ainda afetava vários bairros da capital venezuelana e mais de metade do território do país.
O governo do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, assegura que o corte de energia foi provocado por “um ato de sabotagem” na principal central hidroelétrica do país, controlada pelo Estado, apontando responsabilidades à oposição venezuelana e aos Estados Unidos.
Este “apagão” surge em plena crise política na Venezuela, que se agravou no passado dia 23 de janeiro, quando Juan Guaidó se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.
Nicolás Maduro, no poder desde 2013, denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.
Cerca de 50 países, incluindo a maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, já reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.
Na Venezuela residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.
Os mais recentes dados das Nações Unidas estimam que o número atual de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo situa-se nos 3,4 milhões.
Só no ano passado, em média, cerca de 5.000 pessoas terão deixado diariamente a Venezuela para procurar proteção ou melhores condições de vida.