Israel: Netanyahu abandona residência oficial, um mês depois de ter sido afastado - TVI

Israel: Netanyahu abandona residência oficial, um mês depois de ter sido afastado

  • Agência Lusa
  • NM
  • 11 jul 2021, 16:34
Benjamin Netanyahu

No final de junho, o gabinete de Naftali Bennett anunciou que o primeiro-ministro israelita teria de deixar a a habitação até 10 de julho

O antigo primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu abandonou este domingo a residência oficial do chefe de Governo, um mês depois de ter sido afastado do poder e substituído por Naftali Bennett.

“Pouco depois da meia-noite a família deixou a residência (situada na rua) Balfour”, indicou um porta-voz da família aos jornalistas.

Camiões de mudanças foram vistos junto à residência e viaturas foram filmadas a serem rebocadas da propriedade durante o fim de semana.

Após 12 anos à frente do Governo sem interrupção, Netanyahu foi afastado do poder a 13 de junho com a aprovação no parlamento de uma nova coligação governamental heterogénea dirigida pelo seu antigo aliado Bennett.

No entanto, Netanyahu não abandonou a residência oficial nessa altura. Ao contrário, continuou a receber dignitários no local, entre os quais a antiga embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU, Nikki Haley.

No final de junho, o gabinete de Naftali Bennett anunciou que Netanyahu teria de deixar a residência oficial até 10 de julho.

Foi acordado que o chefe da oposição Netanyahu e a sua família abandonarão a residência até 10 de julho. Até essa data não se realizarão reuniões oficiais na residência”, indicou o gabinete de imprensa do Governo num comunicado.

Netanyahu acabou por partir depois da meia-noite, depois da data-limite que tinha aceitado.

Um grupo hostil a Netanyahu, o “Ministro do Crime”, que durante um ano organizou manifestações semanais contra o ex-primeiro-ministro acusado de corrupção, troçou dele. “O acusado e a sua família fugiram durante a noite como ladrões”, escreveu na rede social Facebook.

Netanyahu está a ser julgado por suborno, fraude e abuso de confiança em três diferentes casos de corrupção. A procuradoria diz que recebeu presentes de milionários e que trocou favores para garantir uma boa cobertura por parte de meios de comunicação social.

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