Covid-19: China suspende importação de carne congelada do Brasil e Argentina - TVI

Covid-19: China suspende importação de carne congelada do Brasil e Argentina

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  • 11 dez 2020, 07:58
Carne

Autoridades chinesas alegam que alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal origem de novos surtos no país

A China anunciou hoje a suspensão temporária das importações de carne de duas empresas brasileiras e uma argentina, após ter detetado vestígios do novo coronavírus nas embalagens de produtos congelados.

A Administração Geral das Alfândegas do país asiático informou que vai suspender as compras feitas às empresas brasileiras Naturafrig Alimentos e Plena Alimentos, por uma semana, após detetar vestígios de covid-19 em embalagens de carne bovina desossada congelada.

Em comunicado, o governo da cidade de Tongzhou, na província de Jiangsu, informou na quinta-feira ter detetado o vírus na referida encomenda. A produção das embalagens data de entre 27 e 31 de julho deste ano, segundo a mesma fonte.

Esta não é a primeira vez que a China encontra vestígios do vírus em embalagens de alimentos congelados importados do Brasil.

Na segunda-feira, as autoridades sanitárias de Wuhan, a cidade chinesa onde foram diagnosticados os primeiros casos de covid-19, detetaram vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne suína brasileira.

Em agosto, as autoridades da cidade de Shenzhen, no sul da China, afirmaram ter encontrado restos na superfície de um lote de asas de frango congelado importado do Brasil.

A China foi responsável por 40% das exportações do setor agroalimentar do Brasil no primeiro semestre deste ano.

As autoridades do país asiático alegam que alimentos congelados importados, principalmente carnes e peixes, são a principal origem de novos surtos do vírus na China.

As alfândegas chinesas decidiram ainda suspender as importações de carne da produtora argentina Frigorífico Alberdi, também por uma semana, pelo mesmo motivo.

O número total de infetados ativos na China continental é atualmente 292, entre os quais cinco estão gravemente doentes.

Duas cidades chinesas testam população após detetarem dois casos

As cidades chinesas de Dongning e Suifenhe, na província de Heilongjiang, no nordeste do país, lançaram hoje uma campanha de testes de ácido nucleico, após detetarem dois novos casos de covid-19.

Em comunicado, as autoridades anunciaram que esperam concluir o processo em três dias, abrangendo, no total, 300 mil pessoas.

Suifenhe e Dongning, que têm 70 mil e 230 mil habitantes, respetivamente, decretaram restrições ao movimento dos seus habitantes. Quem quiser sair das cidades terá de apresentar resultado negativo nos testes de ácido nucleico.

No segundo trimestre do ano, Suifenhe foi palco de um surto, devido ao influxo de cidadãos chineses que regressaram da Rússia através da fronteira terrestre.

Dongning e Suifenhe não são as únicas cidades a testarem os seus cidadãos na China. Chengdu, a capital da província de Sichuan, ordenou também a realização de testes em massa, após detetar um surto cuja origem é ainda desconhecida.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde da China, o número total de casos ativos no país asiático é de 292, cinco dos quais se encontram em estado grave.

China soma seis casos por contágio local

A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado 15 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo seis por contágio local e os restantes oriundos do exterior.

Quatro dos casos de contágio local foram diagnosticados na província de Sichuan, cuja capital, Chengdu, está a realizar testes em massa de deteção do novo coronavírus, para conter a sua expansão.

A província de Heilongjiang, no nordeste da China, registou dois casos.

Os nove casos importados foram diagnosticados no município de Xangai (leste) e nas províncias de Guangdong (sudeste) e Yunnan (sul).

As autoridades chinesas disseram que nas últimas 24 horas oito pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 292, incluindo cinco doentes em estado grave.

A Comissão de Saúde da China não anunciou novas mortes devido à covid-19, pelo que o número permaneceu em 4.634 - o mesmo desde maio passado.

O país somou, no total, 86.688 infetados desde o início da pandemia.

 

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