A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse, esta sexta-feira, aos líderes europeus que as expectativas de um acordo pós-Brexit com o Reino Unido "são baixas", avança a agência noticiosa AFP, que cita fonte da UE.
O Conselho Europeu está reunido em Bruxelas com vários temas quentes na agenda, como as relações comerciais com o Reino Unido após a saída da União a 27.
Segundo a AFP, Ursula von der Leyen terá afirmado que, neste momento, "a probabilidade de um não acordo ['no-deal'] é maior do que a de um acordo".
A discussão sobre o pós-Brexit durou "menos de dez minutos", apurou, ainda, o correspondente da TVI em Bruxelas.
Líderes europeus passaram a noite inteira a negociar mas fonte europeia diz a discussão do Brexit durou "less than 10 minutes".
— Pedro Moreira (@PedroMoreiraTVI) December 11, 2020
As conversações com o Reino Unido, concretamente com Boris Johnson, decorrem até domingo.
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A Comissão Europeia publicou, na quinta-feira, um conjunto de medidas de contingência específicas nas áreas dos transportes e das pescas, tendo em vista as incertezas sobre um acordo pós-Brexit.
Com a aproximação do fim do prazo das negociações para se chegar a um acordo comercial, e a possibilidade de um cenário de ‘no-deal’ cada vez mais provável, o executivo comunitário propôs medidas de contingência que asseguram as ligações aéreas, a segurança aérea, as ligações rodoviárias e a manutenção do acesso às águas britânicos para os navios pesqueiros da UE e vice-versa.
O período de transição pós-Brexit termina em 31 de dezembro.
UE e Reino Unido tentam num derradeiro ‘sprint’ chegar a acordo sobre as relações futuras, já que a partir de 1 de janeiro de 2021 – data que coincide com o arranque da presidência portuguesa do Conselho da UE, no primeiro semestre do ano –, o Reino Unido, que abandonou o bloco europeu em janeiro de 2020, deixa de gozar do chamado período de transição, mantendo o acesso dos britânicos ao mercado único.
Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de vários controlos alfandegários e regulatórios.