Único condenado pelo 11/9 liga a realeza saudita ao atentado - TVI

Único condenado pelo 11/9 liga a realeza saudita ao atentado

Zacarias Moussaoui (REUTERS)

Zacarias Moussaoui enviou duas cartas onde diz querer contar a verdade sobre o atentado às Torres Gémeas

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O único condenado pelo atentado às Torres Gémeas, assegurou que foi pago por dois príncipes sauditas, durante o treino de técnicas de pilotagem.

Segundo o El Mundo, os médicos afirmam que Zacarias Moussaoui sofre de esquizofrenia, mas o condenado diz contar a verdade.

A verdade essa que é um dos maiores mistérios que circundam este ato de terrorismo, que marcou a era moderna com a onda de destruição no World Trade Center, a 11 de setembro de 2001.

 


Moussaoui, instalado numa das cinco prisões de máxima segurança norte-americanas, no estado do Colorado, enviou duas cartas a um juiz em Nova Iorque, onde assegura que dois príncipes sauditas lhe pagaram para orquestrar os atentados, mas não os identificou.

Zacarias, um cidadão de 46 anos, também ele saudita mas naturalizado francês, conta que foi abordado durante os treinos de técnicas de pilotagem de aeronaves, na cidade de Norman, Oklahoma, no final dos anos 90.

Nessa altura, segundo o preso, recebeu das mãos dos príncipes um maço de notas, cuja quantidade não revelou, mas que foi suficiente para pagar os seus estudos de aviação.

O governo da Arábia Saudita já negou qualquer envolvimento no atentado, avança o The Guardian.

«O Reino da Arábia Saudita não teve qualquer papel nos ataques de 11 de setembro de 2001», comunicaram os advogados.

Os Estados Unidos «disseram várias vezes e vigorosamente que a Arábia Saudita é um aliado importante na luta contra o terrorismo», acrescentaram.


Na época dos atentados, a imprensa norte-americana referiu várias vezes a suspeita do envolvimento de membros do reino árabe no caso, e denunciou a proteção dos mesmos por parte da administração do ex-presidente George W. Bush, onde se incluem familiares de Osama Bin Laden, falecido líder da Al-Qaida.

Agora, oito anos depois de cumprir a pena, que durará até ao fim dos seus dias, o único condenado diz querer explicar «toda a verdade», e apela a uma audiência para «colocar as coisas em perspetiva».
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