Trump: "O ataque contra a Síria pode ser muito brevemente, ou não" - TVI

Trump: "O ataque contra a Síria pode ser muito brevemente, ou não"

Presidente dos EUA voltou a usar o Twitter para ameaçar a Síria. Já o presidente francês garante que tem "provas" de que o regime de Bashar Al-Assad é o responsável pelo ataque químico

O presidente dos EUA voltou a usar o Twitter para ameaçar a Síria. Um dia depois de ter avisado a Rússia que os "mísseis estão a chegar à Síria", esta quinta-feira de manhã, Donald Trump escreveu que o ataque "pode ser muito brevemente, ou não".

“Eu nunca disse quando é que seria o ataque na Síria. Pode ser muito brevemente, ou não! De qualquer das formas, durante a minha administração, os EUA fieram um excelente trabalho ao livrar o Estado Islâmico da região. Onde é que está o nosso ‘Obrigado, América??”, escreveu Trump.

A nova ameaça de Trump surge no mesmo dia em que Emanuelle Macron garante que tem "provas" de que o regime de Bashar Al-Assad é o responsável pelo ataque químico. 

Segundo a AFP, o presidente francês já afirmou que a resposta a este ataque acontecerá depois de toda a informação ser analisada. Na quarta-feira, Macron já tinha afirmado que iria decidir, nos próximos dias, sobre uma possível intervenção.

Ameaça de ataques baseia-se “em mentiras”

O presidente sírio, Bashar al-Assad, disse que as ameaças ocidentais de ataques à Síria se baseiam “em mentiras” e visam desvalorizar os ganhos recentes das suas forças nos arredores de Damasco.

Para Assad, os ocidentais estão a reagir desta forma porque “perderam a aposta” que fizeram na oposição ao regime.

O presidente sírio, que falava durante um encontro com um conselheiro do guia supremo iraniano, Ali Akbar Velayati, advertiu por outro lado que qualquer ação militar ocidental “desestabilizaria ainda mais a região”.

A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco e Moscovo negam.

Os Estados Unidos e aliados ameaçam atacar a Síria em resposta ao alegado ataque com armas químicas de 7 de abril contra Douma, no último grande bastião rebelde de Ghouta Oriental.

Rebeldes em Douma entregam armas

Os “últimos rebeldes” da cidade de Douma, último reduto dos arredores de Damasco, depuseram as armas e o líder do grupo Jaich al-Islam abandonou a zona dirigindo-se para o norte do país.

“Os combatentes do grupo Jaich al-Islam entregaram as armas à Polícia Militar russa hoje em Douma”, refere o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, acrescentando que o líder do grupo, Issam Bouwaydani, saiu da zona e dirige-se para o norte da Síria.

A saída dos rebeldes sírios acontece por causa do ataque químico, garantiu, em declarações à AFP, um rebelde do grupo Jaich al-Islam.

"Obviamente, o ataque químico forçou-nos a aceitar [sair de Douma]. Mas ainda nem todos os líderes saíram. A saída está a ser feita", acrescentou Yasser Dalwan.

Esta é a primeira vez que um acordo alcançado para Duma, é tornado público pelo grupo rebelde.

O ministério da Defesa da Rússia anunciou, esta quinta-feira, que o exército sírio tomou o controlo total de Douma, a maior cidade de Ghouta Oriental e última fortaleza dos rebeldes na periferia de Damasco.

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