Homens armados atacaram, este domingo, três hotéis no sul da Costa do Marfim fazendo, pelo menos, 22 mortos - entre os quais quatro europeus - e vários feridos, avança a imprensa internacional.
A agência Reuters, que cita o presidente Alassane Ouattara, confirma que 14 mortos são civis e dois são polícias. As autoridades da Costa do Marfim já tinham confirmado, também, que os "seis terroristas" responsáveis pelo ataque foram mortos.
O balanço é pesado, os terroristas conseguiram matar 14 civis e nós perdemos dois membros das forças especiais", declarou o presidente da Costa do Marfim, depois de se ter deslocado à estância balnear, segundo a Lusa.
O ataque aconteceu junto da praia de Grand-Bassan, situada a cerca de 40 quilómetros de Abidjan, estância balnear muito frequentada por turistas ocidentais.
A organização terrorista Al-Qaeda no Magrebe islâmico já reivindicou o ataque à estância balnear.
Os homens "fortemente armados e de cara tapada dispararam contra os turistas do Etoile du Sud, um grande hotel que estava cheio", contou uma fonte à AFP.
Outra testemunha contou à Reuters que viu "quatro atacantes". "Estava a nadar quando começou [o ataque] e fugi", contou Dramane Kima, que mostrou ainda à agência um vídeo, onde é possível ver sete corpos, e várias fotografias de granadas e munições que se acreditam ter sido deixadas para trás pelos atacantes.
O ministério francês dos Negócios Estrangeiros confirmou que um dos europeus mortos é um cidadão francês. O Ministério Público vai abrir uma investigação ao que aconteceu.
Daniel Moura, português a viver na Costa do Marfim desde março de 2015, contou à TVI24 que "paira um clima de medo na capital (Abidjan) e relatam-se movimentos de militares nas ruas com suspeitas de atentados à bomba".
O português costuma frequentar "uma estância balnear chamada Assoyam Beach que fica ao lado" do local onde aconteceu o ataque.
Este ataque é semelhante ao de 26 de junho de 2015, na praia do resort Port El Kantaoui, em Sousse, na Tunísia. Levavo a cabo pelo Estado Islâmico, o ataque fez 38 mortos, na sua maioria turistas.