No dia em que comemora 89 anos, Fidel Castro assinou uma coluna no jornal Granma, onde não se refere à recente reaproximação dos dois países e onde volta a criticar o embargo de várias décadas e resoluções económicas dos EUA, nomeadamente a decisão de não trocar ouro por dólares em 1971. Decisão esta que tornou o dólar a referência mundial para os valores das restantes moedas.
Castro lembrou ainda as perdas humanas da Segunda Guerra Mundial, “50 milhões” só na URSS e China, referindo que foi nesta altura que os EUA se tornaram o país “mais rico e bem armado” do planeta.
O ex-líder cubano termina a coluna afirmando que continua a desejar uma sociedade baseada na igualdade, a mesma que idealizou quando começou "a luta".
O texto surge um dia antes do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, hastear a bandeira americana na restaurada embaixada norte-americana em Havana.“A igualdade de todos os cidadãos à saúde, educação, trabalho, alimentação, segurança, cultura, ciência e bem-estar, isto é, os mesmos direitos que proclamámos quando começamos a nossa luta mais os que emanam dos nossos sonhos de justiça e igualdade para as pessoas do nosso mundo, é o que eu desejo a todos”.