"Inaceitável" é como o comissário europeu para o Mercado Interno qualifica os novos atrasos da AstraZeneca na entrega da vacina contra a covid-19 à União Europeia.
Esta situação é inaceitável para mim ou, em qualquer caso, incompreensível", afirmou Thierry Breton, responsável pelos aspetos industriais da produção de vacinas, em declarações à televisão francesa CNEWS, neste domingo.
Para o comissário europeu, esta redução na entrega pode refletir "uma disfunção na cadeia logística", recusando-se, no entanto, a considerar consequências legais.
Só porque estamos atrasados com a AstraZeneca não significa que vamos estar atrasados no nosso programa de vacinação do primeiro trimestre”, assegurou, ainda, o comissário europeu.
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O Grupo AstraZeneca anunciou no sábado novos atrasos na entrega da sua vacina à União Europeia, invocando restrições à exportação.
Perante as dificuldades de produção, o grupo decidiu utilizar as suas unidades de produção fora da União Europeia, mas, "infelizmente, as restrições à exportação vão reduzir as entregas no primeiro trimestre" e "provavelmente" no segundo, segundo um porta-voz do grupo citado pela agência France Presse.
Muito criticada pelo ritmo lento das entregas na Europa e pelos atrasos da AstraZeneca, a Comissão Europeia, que negociou os contratos em nome dos seus 27 Estados-Membros, espera um aumento das entregas no segundo trimestre.
Segundo a France Presse, as entregas podem atingir um ritmo médio de 100 milhões de doses por mês, de abril a junho, para todas as vacinas combinadas, ou seja, 300 milhões para todo o trimestre.
A AstraZeneca anunciou no final de janeiro que só poderia entregar 40 milhões de doses aos países da União Europeia no primeiro trimestre, dos 120 milhões que havia inicialmente prometido devido a dificuldades de fabrico numa fábrica belga.