Síria: Rússia pede à ONU que condene ataques - TVI

Síria: Rússia pede à ONU que condene ataques

  • CLC com Lusa
  • 14 abr 2018, 16:12
Mapa mostra locais que foram atacados pelos aliados

Projeto de resolução apresentado este domingo depois do ataque dos países aliados à Síria

A Rússia distribuiu hoje, pouco antes de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança requerida por Moscovo, um projeto de resolução que pede à ONU que condene a “agressão” armada ocidental contra a Síria.

O projeto de resolução de cinco parágrafos, citado pela agência francesa France Presse (AFP), refere uma "grande preocupação" perante a "agressão" contra um Estado soberano que viola, segundo Moscovo, "o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas”.

A Rússia, um aliado do regime sírio, é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto.

Até ao momento, nenhuma informação foi avançada sobre uma eventual votação sobre este texto.

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram hoje de madrugada uma série de ataques com mísseis contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco. O presumível ataque químico foi realizado faz hoje uma semana.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se hoje a partir das 15:00 TMG (16:00 em Lisboa) para analisar o ataque.

O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que os ataques à Síria foram realizados sem qualquer enquadramento legal e constituem um “ato de agressão contra um estado soberano”.

Os ataques com mísseis foram realizados "sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, em violação da Carta das Nações Unidas e de normas e princípios do direito internacional" e constituem "um ato de agressão contra um Estado soberano que está na vanguarda da luta contra o terrorismo", refere Putin em comunicado.

O embaixador da Rússia em Washington, Anatoli Antonov, advertiu que este ataque “não ficará sem consequências”.

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