O motim na prisão estadual de Alcaçuz, no estado brasileiro do Rio Grande do Norte, terminou este domingo, depois de 14 horas de terror e mais de 10 mortos confirmados. A informação foi divulgada pela imprensa brasileira.
De acordo com o G1, o motim começou com uma zanga entre presos de dois pavilhões, sendo que num deles estavam os relacionados com as fações criminosas que atuam no país.
Os presos, que se rebelaram às 17:00 horas de sábado no horário local (20:00 horas em Lisboa), renderam-se às 07:20 horas (10:20 horas em Lisboa) deste domingo, depois da intervenção da Polícia Militar (PM) e do BOPE, o batalhão de operações especiais.
Os reclusos invadiram o depósito de armas, cortaram a luz e expulsaram os agentes da penitenciária. A rebelião acabou com reclusos esquartejados e decapitados.
Alcaçuz é a maior prisão do Rio Grande do Norte. Tem cerca de 1.150 presos em um espaço com capacidade total para 620.
O último motim registado em Alcaçuz foi em novembro de 2015. Só no ano passado, mais de 100 reclusos conseguiram evadir-se desta cadeia, através de túneis ou buracos abertos no muro do edifício.
Este é já o quarto motim prisional registado só este ano. O mais sangrento ocorreu logo no primeiro dia de 2017, com 60 mortes no complexo penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. Quatro dias depois, na cadeia de Monte Cristo, em Roraima, 33 pessoas foram chacinadas noutro confronto.
Em comum, estes motins têm as partes em conflito, os dois grupos criminosos que lutam pelo domínio dentro e fora das prisões, e as más condições prisionais do país.