O caso remonta a 2016 e ganha agora novos contornos. A companhia de aviação americana Southwest Airlines Company foi processada por um homem de origem árabe que, nesse ano, foi expulso de um avião, nos Estados Unidos, por falar árabe ao telefone.
Khairuldeen Makhzoomi, de 26 anos, foi escoltado pela polícia para fora do avião da companhia aérea Southwest após uma passageira o ter ouvido a falar árabe ao telemóvel com um familiar.
O estudante universitário, que vive nos Estados Unidos desde 2010, tendo adquirido entretanto a nacionalidade americana, foi revistado pela polícia e impedido de viajar no voo que partia de Los Angeles para Oakland, mesmo apesar de as autoridades não terem encontrado nada de suspeito.
Recebeu o reembolso do bilhete e teve de viajar noutra companhia aérea, mas nunca recebeu um pedido de desculpas da Southwest, pioneira mundial nos voos Low Cost.
Makhzoomi apresentou o caso ao Conselho de Relações Islâmico-Americanas, que o denunciou ao departamento americano dos transportes e aviação. O conselho acusa a companhia aérea Southwest de "discriminação racial e religiosa contra um passageiro muçulmano".
Na queixa divulgada esta quitna-feira, o licenciado em Ciência Política, de origem iraquiana, queixa-se de ter sido "humilhado publicamente" e reclama uma compensação financeira, de montante não divulgado, por danos, discriminação, sofrimento emocional e violação de seus direitos civis.