No entanto, a presidência do Burundi utilizou o Twitter para assegurar que a tentativa de golpe de Estado falhou e que a situação está “controlada”.
La situation est maitrisée, il n'y a pas de coup d'Etat au #Burundi
— Burundi | Présidence (@BdiPresidence) 13 maio 2015
“A situação está sob controlo, não há golpe no Burundi”, pode ler-se na mensagem.
Foto de arquivo de Pierre Nkurunziza. Créditos: EPA
Antes, Godefroid Niyombare fez o anúncio do golpe de Estado na rádio Insaganiro, pretendendo formar um governo de transição até às eleições legislativas e municipais, marcadas para o próximo dia 26, seguidas das presidenciais, que vão realizar-se a 26 de junho.
"Devido à arrogância do presidente Nkurunziza e ao seu desafio à comunidade internacional, (…) o comité para o estabelecimento da concórdia nacional decidiu: o presidente Pierre Nkurunziza é destituído das suas funções e o governo está dissolvido."
Enquanto o general falava, Pierre Nkurinziza estava na Tanzânia, prestes a iniciar uma cimeira regional dedicada à crise que despertou no país após o seu anúncio de candidatura a um terceiro mandato.
Após ouvirem as palavras de Godefroid Niyombare na rádio, centenas de pessoas deslocaram-se para as ruas da capital Bujumbura. As agências internacionais citam testemunhas que ouviram disparos de tiros.
Segundo a Reuters, o presidente abandonou a cimeira e está a deslocar-se para o Burundi. O general Niyombare ordenou então o encerramento do aeroporto e das fronteiras terrestres.
Confrontos no Burundi nas últimas semanas. Foto: Reuters
Godefroid Niyombare foi demitido do cargo de chefe do serviço de informações pelo presidente, em fevereiro, quando se opôs à sua candidatura a um terceiro mandato.
O Burundi tem assistido a várias manifestações nas últimas semanas, uma vez que os opositores de Pierre Nkurinziza consideram inconstitucional que este se recandidate novamente.
Os protestos já causaram pelo menos 20 mortos e levaram dezenas de milhares de burundianos a fugirem do país.