Espanha pretende fechar central nuclear de Almaraz em 2024 - TVI

Espanha pretende fechar central nuclear de Almaraz em 2024

  • JGF com Lusa
  • 16 nov 2018, 19:58
Central nuclear de Almaraz, em Espanha

Primeiro reator vai ser encerrado um ano antes. Governo espanhol quer encerrar centrais nucleares à medida que façam 40 anos

O Governo espanhol pretende começar a encerrar as centrais nucleares do país à medida que estas cumpram 40 anos de atividade, prevendo que um dos reatores da de Almaraz seja desligado em setembro de 2023 e o outro em julho de 2024.

O secretário de Estado da Energia espanhol, José Domínguez, indicou numa conferência na quinta-feira que Madrid não deverá prorrogar as licenças para as centrais nucleares quando estas atingirem os 40 anos de vida útil, pelo que os sete reatores que estão a funcionar seriam desligados entre 2023 e 2028.

No encontro com profissionais do setor do gás organizado pelo Expansion, o responsável governamental, citado pela imprensa espanhola, avançou que será negociado o encerramento com as empresas que as exploram de uma forma escalonada, “com garantias para os posteriores desmantelamentos”.

Elas (as centrais) têm uma vida útil de 40 anos, mas isso tem de ser tornado compatível com um encerramento ordenado e com as capacidades que temos em Espanha (…). Isso deve ser feito com a CSN (Comissão de Segurança Nuclear), de acordo com as empresas ", explicou José Domínguez.

Segundo este plano, a central nuclear de Almaraz I seria fechada em setembro de 2023, Almaraz II em julho de 2024, Ascó I em dezembro de 2024, Cofrentes em março de 2025, Ascó II em março de 2026, Vandellós II em março de 2028 e Trillo em agosto do mesmo ano.

Almaraz tem dois reatores nucleares e está situada a cerca de 100 km da fronteira portuguesa, numa das margens do rio Tejo.

Diversos grupos de defesa do ambiente em Portugal e Espanha têm contestado a continuação do período de vida da central para além do termo da autorização em vigor.

O Governo português tem manifestado o seu desagrado com a produção de eletricidade através da energia nuclear, mas Lisboa defende que Madrid é soberana para decidir a forma de produzir energia elétrica no seu país.

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