Venezuela: vice-presidente dos EUA diz que crianças estão a morrer à fome - TVI

Venezuela: vice-presidente dos EUA diz que crianças estão a morrer à fome

  • ALM com Lusa
  • 17 ago 2017, 11:40
Venezuela - confrontos em Caracas

Cerca de 37 pessoas terão morrido uma prisão a sul do país, enquanto há limites nos levantamentos bancários e falta todo o tipo de bens

O vice-presidente dos Estados Unidos afirmou, ontem, no Chile que as crianças venezuelanas estão a morrer à fome e que a Venezuela está à beira de se tornar uma ditadura.

As crianças venezuelanas estão a morrer de fome. A Venezuela está a tornar-se uma ditadura (…) e, como disse o Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump, os Estados Unidos não ficarão de braços cruzados”, sublinhou Mike Pence.

Pence falava num encontro empresarial organizado pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos e pela Câmara de Comércio Chilena-Norte-americana.

Trinte e sete pessoas morrem numa prisão

Entretanto, pelo menos 37 pessoas morreram esta quarta-feira, madrugada em Lisboa, durante um motim numa prisão do Estado das Amazonas, no sul da Venezuela, anunciaram as autoridades.

O procurador-geral revelou que já designou dois procuradores para liderarem "o inquérito sobre a morte de 37 pessoas (...) durante um motim no centro de detenção judiciário das Amazonas".

O procurador-geral indicou ainda que 14 funcionários da cadeia ficaram feridos durante o violento motim.

Acresce que, segundo a agência France Press, o governador do Estado das Amazosas, Liborio Guarulla, escreveu na rede social Twitter que houve um "massacre" de "mais de 35 pessoas" durante a visita de uma unidade especial do Ministério da Interior e Justiça no centro de detenção, localizada na cidade de Puerto Ayacucho.

Segundo duas organizações defensoras dos direitos humanos, os 37 mortos estavam detidos na cadeia. 

Partido comunista quer explicações sobre limites nos levantamentos bancários

Isto numa altura em que o Partido Comunista da Venezuela (PCV) pediu à nova Assembleia Constituinte que esclareça se existe no país restrições ao levantamento de dinheiro e uma "banca paralela", na sequência de queixas da população.

Não há uma declaração oficial, como em outros países", mas na realidade existe, afirmou Carlos Aquino, do órgão dirigente do PCV.

Em declarações aos jornalistas, Carlos Aquino questionou se há uma restrição efetiva ou nota insuficientes, ao mesmo tempo que pediu que se investigue a existência de uma alegada "banca paralela", que funciona nos estabelecimentos comerciais.

As restrições de dinheiro são apenas uma das muitas na Venezuela, atualmente, recentemente à TVI4, Victor dos Santos, que tem dupla nacionalidade - português e venezuelano - e, em dezembro, decidiu regressar a Portugal, testemunha que as condições em que a população vive são extremas. Não há medicamentos, nem comida.

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