Uma ninharia para combater o ébola - TVI

Uma ninharia para combater o ébola

(REUTERS)

Fundo das Nações Unidas inclui apenas 78 mil euros para combate ao mais grave surto do vírus de que há memória. Portugal admite enviar equipas médicas para a Guiné-Bissau

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Uma ninharia, comparando com o que as próprias Nações Unidas já admitiram precisar. O fundo da ONU para o combate ao mais grave surto do ébola tem, apenas, cerca de 100 mil dólares, escreve esta sexta-feira o jornal «New York Times». São apenas 78 mil euros.

Estamos perante uma ínfima parte dos mil milhões de dólares, qualquer coisa como 781 milhões de euros, que a ONU estima serem necessários para combater a epidemia, que já fez 4.500 vítimas mortais, num total de quase 9.000 infetados.

A verba do fundo da ONU provém da Colômbia. As Nações Unidas encaram-no como uma fonte de dinheiro flexível que pode ser usada consoante as necessidades para conter o vírus, referiu o «New York Times», citando fontes da ONU.

O antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, mostrou-se ontem «profundamente desapontado» pela resposta ao ébola que, considerou, foi lenta pelo facto de o surto ter começado em África. 

Equipas médicas portuguesas prontas para ir para a Guiné-Bissau

Portugal mostrou-se entretanto disponível para enviar equipas médicas para a Guiné-Bissau. O objetivo émanter o país livre do vírus, explicou à agência Lusa o Diretor Geral de Saúde.

«Se o governo guineense assim o requisitar, naturalmente que a resposta é positiva. É verdade [já há equipa pronta], mas depende sobretudo daquilo que as autoridades guineenses solicitarem», referiu Francisco George.

Obama: encerrar fronteiras não serve de nada

Encerrar as fronteiras dos Estados Unidos às pessoas procedentes dos três países da África Ocidental mais afetados pelo surto de Ébola seria contraproducente, defende Barack Obama. É esta a resposta do Presidente norte-americano à proposta feita pelos republicanos.

Obama defende que uma medida desse tipo apenas iria encorajar os cidadãos da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri a procurarem encontrar novas formas de entrar nos EUA, contornando assim os controlos de segurança atualmente em cursoc contra o vírus.

Ainda assim, o chefe de Estado frisou que não tem «necessariamente uma objeção filosófica a uma interdição de viagem se for isso que vai manter o povo americano seguro», afirmou, na Sala Oval, após conversações com os principais assessores da Casa Branca sobre a crise desencadeada pelo vírus.

Médicos e enfermeiros obrigados a assinar compromisso

A propósitos, as autoridades de Dallas (Texas) ordenaram na quinta-feira aos 75 profissionais de saúde que estiveram em contacto com o paciente que morreu na semana passada, para evitarem os espaços e transportes públicos.

Os médicos e enfermeiros devem assinar um documento legal no qual assumem esse compromisso. « Não há necessidade de utilizar poderes extraordinários ou colocar as pessoas sob qualquer tipo de lei especial», afirmou ainda o juiz do distrito do condado de Dallas, Clay Jenkins, à saída de uma reunião em que as autoridades recusaram decretar estado de emergência na cidade.

Em Espanha, os testes ao vírus em dois doentes com sintomas - um deles que se suspeitava que tivesse sido infetado por Teresa Romero - deram negativo.


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