O número de mortos após a passagem do ciclone Idai, em Moçambique, voltou a aumentar, nesta quinta-feira, para 242 avança a Reuters. O ministro da Terra e do Ambiente, Celso Correia, revelou que já foram resgatadas três mil pessoas, mas há ainda cerca de 15 mil pessoas, muitas delas em estado grave, que precisam de ser resgatadas.
O balanço anterior dava conta de 217 mortos. Há ainda cerca de 320 pedidos de localização de pessoas desaparecidas em Moçambique, numa lista compilada pela organização de voluntários digitais VOSTPT e disponibilizada às autoridades portuguesas e moçambicanas.
O Governo do Zimbabué também comunicou ao Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU que o número mais recente de balanço é de 139 mortos e 189 desaparecidos.
Entre os desaparecidos estão trinta portugueses, anunciou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, em Maputo, para onde viajou na última noite.
Há ainda portugueses que não estão localizados: temos na embaixada 30 pedidos de localização", referiu.
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Além das operações de busca e resgate de sobreviventes, outra das prioridades agora é entregar alimentos e suplementos para as populações que ficaram isoladas.
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.
O país cumpre três dias de luto nacional até sexta-feira.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem estradas, energia e linhas de comunicação.
A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando que se trata da “pior crise humanitária no país".
Além de Moçambique, o ciclone atingiu também Malaui e Zimbabué. No total, já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.